Novidade teórica: Defesa Gato do Alekhine
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Como dizia Alekhine: "u koshek devyat' zhiznei, pravda?"* ("os gatos têm nove vidas, não é?") Certo, Alberto!?
8 comentários:
Pois é, Rini, esta Defesa parece-me ainda mais elástica!
Parabéns pela criatividade!
Em tempos de canícula(!) mini-posts sobre gatos(!) custam menos do que analisar uma partida...
Será que vamos ter as partidas dos Torneios de Mestres e de Honra no Hotel AS Lisboa em directo na net!?
Fazer logo comentários no blogue também seria uma boa forma de treino "levezinho", a condizer com o calor!
Será que em vez de "koshek" também se pode escrever "kotov"!?
Será que o GMI Alexander Kotov jogou alguma vez contra Alexander Alekhine!?
Vou investigar isso!
Não encontrei nenhuma partida entre Kotov e Alekhine.
Pois o melhor período de Kotov foi o início dos anos '50: ganhou o Torneio Interzonal em Saltsjöbaden, Suécia 1952, com três pontos e meio de avanço sobre Petrosian e Taimanov, fez 14 em 28 no famoso Torneio de Candidatos em Zurich 1953, onde foi o único a ganhar ao vencedor do torneio, Smyslow (Chess Player Directory, K de Kotov, partida nº 417).
Nesse período ele também escreveu uma biografia de quatro volumes sobre Alekhine, mas o mais conhecido livro dele continua a ser "Think like a Grandmaster".
Sobre Livros de Xadrez
Em 1997 na festa de Xadrez em Lisboa, a grande atracção era o GM David Bronstein. Enquanto escolhia para comprar o seu livro sobre o Torneio de Zurich 1953, reparei que o GM também andava a ver a banca de livros. Decidi pedir-lhe um autógrafo, e aproveitar para conhecer a personagem.
Foi muito difícil! Na opinião dele iria apenas estragar o livro. Eu bem replicava que era uma honra para mim. Mas de cada vez que a caneta se aproximava lentamente da página, ele abanava a cabeça e dizia que era melhor não estragar... Por fim lá assinou numa caligrafia tipo máquina.
Não sei se era só humildade, aquela sua tendência para desmistificar o Xadrez, ou uma veneração da pureza do livro impresso?! Como homem que tinha o complexo de culpa de pertencer aos 3% da sua geração na URSS, que sobreviveram à dupla Estaline / Hitler, certamente passou muitas dificuldades. Como seria precioso um livro de Xadrez nesse tempo...
Isto tudo para dizer que o Bronstein foi o melhor comentador que encontrei até hoje. Muito simples e claro, considerações estratégicas sobre as aberturas em vez de muitas variantes, análise apenas das jogadas controversas e sugestões dos outros GMs no final das partidas, explicação dos planos de ambos os lados, mesmo que não concretizáveis. E também circunstâncias importantes fora do tabuleiro. E sempre destaque na criatividade, o que o torneio ajudou, pois quase todas as rondas havia jogos soberbos.
“Um coronel do KGB todos os dias me mentalizava e ao Keres, para não ganharmos ao Smyslov. Era considerado o único que podia derrotar o favorito: Reshevsky.”
Outro livro fantástico que li foi “Ajedrez de entrenamiento” do Koblenz. Agradecia se alguém pudesse sugerir um ou dois livros que os tivessem marcado. Na internet sugerem-se “só” bibliotecas. O "Think like a Grandmaster" do Kotov não tenho, mas é imponente a sua fama.
Rato do Alekhine
Olá Hugo,
que curiosa historia que contaste, que de certeza, não foi por acaso... O teu pensamento sobre as possíveis razões do Mestre Bronstein de não querer estragar o livro, são muito próximos à idiossincrasia daqueles longínquos tempos, embora, rectifico: não tão longínquos tempos...
Quanto aos livros para ler, devo confessar que não tenho lido um único livro de xadrez em toda minha vida. Li páginas inteiras aleatoriamente, como se dum jornal se tratasse...
Por isso, sobre os livros só te posso comentar de um que lembro ter lido e ficar espantado. Naltura tinha eu uns 10-11 anos. O livro era " O diário de Adão e Eva", de Mark Twain
Confesso que só li 3 livros de xadrez, e à muitos anos. A avaliação do Bronstein como comentador, é mais baseada em páginas soltas também. Mas grande parte do que aprendi foi com o Koblenz, sobretudo a melhoria táctica ao fazer diagramas como treino.
Porém o meu interesse é mais como adepto, do que como jogador. Mas o Xadrez é um desporto em que é preciso primeiro ser jogador, e só depois se pode ser adepto...
Rato do Alekhine
Caro Rato,
Muito a propósito o teu comentário.
Também eu tive a audácia e privilégio de dirigir-me a David Bronstein na Cordoaria em 1997. Vai mais um post!
Obrigado!
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