terça-feira, 11 de agosto de 2009

A um segundo de Tudo




Sendo eu o 2º tabuleiro da equipa que se impôs na final da 2ª divisão 2009, segundo o 3º critério de desempate, quero partilhar a minha alegria de fazer parte deste grupo de amigos com sentido de humor e saudáveis ambições de auto-superação.
Já bastante se tem dito sobre o Campeonato em si, destaco o excelente artigo do nosso capitão da equipa, Rui Marques no Viriatovitch que foi completamente decisivo para que afinal todos tivéssemos podido festejar.
É impossível não mencionar a solvência que dá a experiência dos restantes membros da equipa que deram tudo de si.
O Senhor do Tabuleiro e da Vida, Marinus Luyks, deu luta, sempre fiel à sua percepção deste tremendo jogo que é o Xadrez, fez o que devia fazer: conter às feras famintas de sangue dos duros 1º tabuleiros de cada equipa rival, sofrendo apenas no último jogo, cometendo alguns erros explicáveis, os que não tenciono questionar.
Quanto ao nosso 4º tabuleiro, o guarda-redes Paulo Cruz, quem com essa cara de “eu não sei nada, sei lá, eu só passava por aqui, vi luz e entrei”, deu muita segurança, falhando só nos penaltis, coisa normal de acontecer, especialmente em certas horas matinais. É por isso que estes dois amigos estavam com caras melancólicas na entrega dos troféus.
Força Amigos, sem vocês, nada disto teria acontecido!
E voltando ao desempenho do Rui, o seu jogo foi inteligente: ganhou, quando havia de ganhar, e empatou sem arriscar, dando-lhe à equipa muito equilíbrio, convertendo-se afinal no verdadeiro 3º critério de desempate, que foi ele próprio!
Quanto a mim, estou satisfeito de ter podido contribuir para a vitória da equipa, aguentando bem a pressão dos meus dignos rivais, Pedro Neves, Ariana Pintor e Ricardo Sousa, tendo ganho sem superar grandemente a ninguém, mas tampouco deixando que me superem (caso do empate com Ricardo Sousa).
Em termos estritamente xadrezísticos, a partida com o recente Campeão do Torneio de Honra, Pedro Neves, foi algo confusa, onde o jovem talento se baralhou com os planos, dando-me relativamente pouco trabalho, mesmo assim, no final equilibrou, e só um engano (por desconcentração) tirou-lhe as hipóteses de fazer o seu melhor.

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Já no jogo com a WFM Ariana Pintor, acho ter feito uma estranha novidade ao décimo lance, a que derivou numa variante interessante. Se não fosse pelo erro táctico, cometido pela jogadora do Porto, as hipóteses das negras seriam mais modestas, devido às debilidades estruturais no flanco de Dama.

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No jogo último, com o jovem e sereno jogador do Santoantoniense, Ricardo Sousa, a abertura correu equilibradamente para os dois, chegando eu a certa vantagem posicional e posteriormente, material (alguns peões), que foi contestada com muita energia pelo jovem que jogou a metade da partida com menos de um minuto no relógio, levando-me a gastar a grande vantagem de tempo que tinha, a tal ponto que estive a 1 segundo da derrota...

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Os meus parabéns ao Santoantoniense FC, o GX Porto que também mereciam o primeiro lugar, sem esquecer dos “últimos” (CX Montemor-o-Velho), que fizeram transpirar aos “primeiros”!

A modo de conclusão, quero agradecer a cada um dos integrantes da equipa: Renato Vasconcellos, Hugo Rato, António Garcia e Manuel Curado, que fizeram o seu melhor ao longo de todas as etapas da competição, sem esquecermos dos pormenores organizativos (grande Amadeu Solha!) que fizeram-nos chegar a um bom Porto.
Dedico este título de Campeões a todos os sócios do GX Alekhine, que bem merecem o Clube que têm e que fiquem bem motivados face aos vindouros desafios.

1 comentário:

Rini Luyks disse...

Bom texto, Aleg, mas vou analisar melhor essa fotografia da entrega do troféu.
Cara melancólica, eu?
Estamos a falar da foto que nos foi enviada ontem por Rui Henriques?
É para já!