terça-feira, 18 de agosto de 2009

A derrota








No seu post de ontem sobre a motivação Alberto faz umas observações interessantes sobre a derrota no jogo de xadrez. Para mim ninguém descreveu melhor o efeito psicológico da derrota do que o meu saudoso conterrâneo GMI Jan Hein Donner (outra vez ele, eu sei, ele é mesmo o meu guru, ver também o meu post de 20 de Julho: "O Canadá existe?).


Aqui acima (em holandés, clicar para ampliar) o seu artigo "Ingezonden stuk" (equivalente a "Carta do Leitor"), incluido no já antes referido livro "De Koning" ("The King" na edição em inglês).


Uma questão delicada: nesta peça o nome de Alekhine aparece num contexto pouco decoroso, por isso julgo prudente remeter-vos, caro Leitor, para o blogue "Alverca-X" onde traduzi uma parte do texto num comentário (http://alverca-x.blogspot.com/2006/03/normas.html, 27 de Março).


Depois digam da vossa justiça...

6 comentários:

disse...

De schaker die zijn partij heeft verloren, verkeert in een toestand van verwarring. Zijn gedrag vertoont dan vrijwel altijd zekere tekenen van innerlijk onbehagen. Het onderkotsen van het bord is onder die omstandigheden nog een van de meer onschuldige uitingen van ongenoegen, maar er zijn ook heftiger reacties waargenomen.
Indertijd sneed Goghem zich een oor af na Te Kolsté's prachtige 26.Dh6!! en in het grote toernooi in Moskou 1926 stak Oidipanksi zich beide ogen uit, toen hij door zelfmat tegen mevrouw Jokastaja verloren had. Aljechin urineerde vaak op het bord, zelfs al wanneer hij maar iets minder stond en spelers als Spielmann en Nimzowitsch gaven zich over aan een ontworteldheid die de welvoeglijkheid verder verbiedt te beschrijven

disse...

O GMI Jan Hein Donner merece, no mínimo, um POST!

Rini Luyks disse...

Com o teu apelido germânico não me surpreende que reproduziste com exactidão a parte do texto que interessa, Alberto!
Bravo!
O Mestre de xadrez Jan Willem te Kolsté (1874-1936) existiu mesmo e foi um jogador bastante forte, representou a Holanda na primeira Olimpiada em Londres 1927.
A sua imortalidade deve-se no entanto à sua participação no grande torneio em Baden Baden em 1925 (ganho por Alekhine!). Te Kolsté acabou no último lugar com um ponto e meio em vinte jogos e tornou-se para sempre a risota do xadrez holandês, triste destino.
Ele também escreveu um livrinho que custa agora uma fortuna nos alfarrabistas: "Hoe u niet moet schaken" - "Como não jogar xadrez".
Não sei se escreveu o livro antes o depois de Baden Baden 1925.
Para limpar um pouco a sua honra: em 1908 ele ganhou de pretas em 22 lances ao Emanuel Lasker (info em "wikipedia" e "chessgames.com").
Uma partida dele com 26. Dh6!! não encontrei...

Os pormenores do "mate ajudado" de Oidipanski contra a senhora Jokastaja (segundo rumores a sua própria mãe...) nunca foram inteiramente elucidados.
Parece-me que foi um assunto bastante "dirty" e faz-me lembrar uma obra máxima do cineaste Pier Paolo Pasolini: "Edipo Re".

Quanto a mim Jan Hein Donner ainda vai aparecer muitas vezes nos meus posts!

Anónimo disse...

Nem de proósito, um pequeno filme muito interessante sobre este tema, onde opinam Korchnoy e Hort, acaba de ser colocado em
http://www.chessbase.com/newsdetail.asp?newsid=5687

Eu próprio teria muito a dizer sobre este tema mas ocuparia muitos parágrafos e muito tempo de que agora não disponho, fica para um dia destes...

Dervich

disse...

Obrigado, amigo Dervich,
muito bom link!

Rini Luyks disse...

E Alberto..."o GMI Jan Hein Donner merece no mínimo um post"...concordo!
Ele já teve direito a dois neste blogue: nos dias 20 e 24 de Julho.