Blogue não-oficial do Grupo de Xadrez Alekhine. Os assuntos serão vários, o xadrez necessariamente estará presente, sendo que a demais cultura e o humor não poderão também faltar.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Aqui há gato - joguinho quase imortal...
Van Wely - Stellwagen: quase imortal!
Peter Heine Nielsen ("Experience") fez o melhor resultado individual com 6,5 em 10. O apetitoso convite para o tradicional "Melody Amber Rapid and Blindfold Tournament" em 2010 foi para o jovem campeão holandês Jan Smeets, ele fez 6 em 10 e foi o melhor "Rising Star".
No entanto, a minha simpatia vai para os veteranos Ljubomir Ljubojevic e Alexander Beliavsky e o jovem Daniel Stellwagen, eles mostraram grande espirito de combate e deram espectáculo.
Ontem (foto) Stellwagen quase, quase produziu um jogo imortal contra Van Wely que confiou demasiado numa variante da Defesa Índia do Rei.
(Podemos seguir esta partida em http://www.chessgames.com/perl/chessgame?gid=1555761,
dois vídeos com comentários e análise em http://www.chessvibes.com/reports/experience-rising-stars-27%c2%bd-22%c2%bd-smeets-to-amber/#more-15702 , vídeos "GOTD round 9" e "Almost immortal".)
domingo, 30 de agosto de 2009
Anton Kovalyov no Torneio de Montreal
Anton tem agora 2,5 em 3 e logo na primeira ronda venceu o também nosso conhecido Sergei Tiviakov....tal como fez no mês passado (post 27 de Julho) o outro amigo do clube MI Daniel Alsina em Dinamarca.
Ou seja: no espaço dum mês estes dois amigos bateram ambos o primeiro tabuleiro do Campeão Nacional da 1ª Divisão, AX Gaia!
Parece-me claramente um "sinal do espaço": temos de incorporar os dois na nossa equipa da próxima época!
Vamos aqui ver alguns momentos deste jogo mirabolante Tiviakov-Kovalyov (acompanhando a partida jogada após jogada em http://www.echecsmontreal.ca/ronde1.htm , partida nº 6)
A partida começou com uma Abertura Siciliana com c3 (1. e4 - c5; 2. Cf3 - e6; 3. c3), uma especialidade de Tiviakov (como também do nosso capitão Rui Marques!).
A 12ª jogada de Kovalyov 12.... Cc3!? (diagrama 1) parece bastante ousada (12...dxe5 ou 12...Dc7 deve ser normal), após 13. Db3 - Cb5; 14. Bxb5 - axb5; 15. exd6 - Bf6 (senão 16. d5); 16. Ce5 - 0-0; 17. Cxc6 - bxc6 o computador dá alguma vantagem às brancas.
Tiviakov continuou energicamente com 18. Ce4!? - Bxd4; 19. Bg5 - Db6; 20.Tad1 - c5; 21. Dg3 mas após 21...cxb4 ou 21...c4 a posição parece igual. No entanto, Kovalyov jogou 21...e5? (diagrama 2) e Fritz dispara logo para "vantagem decisiva": 22. Bh6 - g6; 23. bxc5! - Bxc5; 24. Df3! + - ou 23...Cxc5?; 24. Txd4! - exd4; 25. De5 + -.
Tiviakov jogou 22. Be7 que também dá vantagem, mas permite a Kovalyov continuar a luta.
Ultima ronda no 11º Aberto Internacional de Sants, Hostafrancs i la Bordeta
Por enquanto, vamos aguardar os últimos resultados...
mais info:
http://chess-results.com/tnr24690.aspx?art=2&rd=10&lan=1&turdet=YES&flag=30&m=-1&wi=1000
sábado, 29 de agosto de 2009
Kumpania Algazarra II - Matar saudades...
Como resposta ao comentário do Renato ao post de anteontem um vídeo da Kumpania Algazarra de 2007, o meu ano "sabático" em relação à prática do xadrez no GX Alekhine.
Com dois anos de atraso dedico esta nossa música "cardio-fitness" à equipa que conquistou em 2007 o Campeonato Nacional da 3ª Divisão:
Rui Marques, Alberto Egggert, Paulo Cruz, Carlos Aguiar, John Simões, António Castanheira, Carlos Correia Lopes e "Mestre Pablito" Correia.
Pois é "uma verdade como uma vaca" (ditado holandês) que sem essa subida em 2007 não podiamos ter conquistado o Campeonato da 2ª Divisão em 2009!
Yelena Isinbayeva: assim sim!
A rainha da vara voltou aos céus: depois da desilusão nos Mundiais de Berlim (post 17 de Agosto) ontem um novo recorde do mundo em Zurique!
Gosto deste vídeo porque mostra o período de concentração da atleta antes do salto: um minuto e meio de "self pep talk" e movimentos rituais e...hop! Grande Yelena!
Uma ideia para o xadrez?
Tipo: "I´m gonna kill you!", de punhos fechados!?
Mas dito em voz baixa e com algum comedimento nos gestos, senão o adversário chama logo o árbitro!
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
O negócio sujo por detrás das gripes
...de que muitos já suspeitavam!
NÃO ao TAMIFLU, sobretudo para crianças, idosos e grávidas; o produto pode fazer mal e o negócio é muito, muito SUJO!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Kumpania Algazarra Video Promo (publicidade)
A Kumpania Algazarra, principal responsável para a minha ausência da cena xadrezística durante os anos 2006 e 2007, tem um novo vídeo promocional espectácular!
Contém fragmentos de vários concertos, sendo o maior sem dúvida a actuação no palco principal durante a Festa do Avante 2008 (recado ao camarada revolucionário Alberto E.: Festa do Avante 2009, nos dias 4, 5 e 6 de Setembro, Quinta da Atalaia, Amora, Seixal!).
No último minuto do vídeo imagens da apresentação do CD "Kumpania Algazarra" na Fábrica do Braço de Prata em Abril 2008 (a minha última actuação na banda, um concerto logo depois do regresso à competição no match AA Coimbra - GX Alekhine, resultado 2-2).
A seguir eu tinha que abandonar esta banda, com muita pena, por incompatibilidade com outras actividades na área da música e do teatro.
É a vida!
Mais música e imagens da Kumpania Algazarra em: http://www.myspace.com/kumpaniaalgazarra
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Torneio "Rising Stars" vs. "Experience" II
Em primeiro lugar é preciso dizer que os relatos em directo e os vídeos no site http://chessvibes.com/ (em colaboração com o site do torneio NH Chess.com e o Internet Chess Café) são um espectáculo. Há três anos estive lá em Amsterdam a assistir ao vivo e a sensação agora não é muito diferente por causa da excelente cobertura do evento!
Na posição do diagrama aqui acima Nakamura devia ter procurado o empate com 29. Txc8+ - Bxc8; 30. Tb8. Em vez disso tentou ganhar a tudo o custo, mas foi severamente castigado: 29. Db5+ - Rf8; 30. Dc6 - Dg4; 31. Txc8+ - Bxc8; 32. Tf1 - Tg6; 33. Tf4 - Dd7; 34. De4 - Rg8; 35. Be3 - e5; 26. Tf1 - f5; 37. Dc4+ - De6; 38. Dc7 - f4; 39. Dd8+ - Rg7; 40. Ta1 - Tf6; 41. Bb6 - Bb7!; 42. Ta7 - Dd5; 43. Dd7+ - Rh6; 44. Dh3+ - Rg5; 45. Ta1 - Tf8!; 46. Be3??!! - Rg6; 47. c4 - De4; 48. Bb6 - Rg5! (diagrama aqui em baixo) 0-1
Tal como Nakamura contra Ljubojevic, ele arriscou demais: 35...Rc7; 36. Tg7+ - Rb6?; 37. Cf5 - Cc7; 38. Cd6 - Cb5; 39. Cc4+ - Ra6; 40. Bb1 1-0 (diagrama em baixo).
VII Abierto Internacional Ayuntamiento de Mondariz
Está a decorrer na cidade de Mondariz, Espanha, o VII Open Internacional (de Ajedrez, claro:)). É de salientar a forte (e inusual!) presença dos jogadores portugueses, muitos deles com boas possibilidades de ficar no pódio. Entre os participantes merecem o especial destaque os dois únicos representantes do GXA, Rui Marques e António Bento.
Desde aqui vamos seguir (pelo menos, eu vou) com atenção o desenvolvimento deste certame.
domingo, 23 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Torneio "Rising Stars" vs. "Experience"
Começou ontem em Amsterdam o já quase tradicional NH Chess Tournament "Rising Stars" vs. "Experience".
Cinco jovens grandes mestres "estrelas em ascensão" jogam contra cinco veteranos já com carreiras gloriosas.
Após a descalabro do ano passado, quando os jovens bateram os veteranos por 33,5 - 16,5, a organização decidiu reforçar a equipa "Experience" com alguns "veteranos" ainda trintões: Svidler, Van Wely e Nielsen, a juntar aos verdadeiros veteranos Ljubojevic e Beliavsky.
Os "Rising Stars" alinham com Nakamura, Caruana, Smeets, Stellwagen e a chinesa Hou Yifan.
O torneio pode ser acompanhado no site: http://www.nhchess.com/index.html .
Ontem os veteranos ganharam na primeira ronde por 3-2, o duelo do dia foi "Ljubo"contra "Naka" (na foto aqui acima). Numa partida holandesa variante Leningrad com Ch3 (post 15 de Agosto!) o veterano jugoslavo conseguiu empatar, mas Nakamura deixou escapar a vitória no final.
No ICC o GMI Joel Benjamin escolheu esta partida como "Game of the Day" e fez um análise num vídeo de meia hora, a ver em: http://www.chessvibes.com/reports/experience-beats-rising-stars-3-2-in-first-round-nh/#more-15383 , clicar no vídeo "GOTD - round 1".
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Derrota imerecida?
Para equilibrar as contas (ver post de ontem).
No mesmo Verão quente de 1995, no mesmo "local do crime", encontro Voz de Operário - Boavista na 1ª Divisão.
Xadrez Rápido (pronto, como se fosse:))
às rápidas lá lhe dizem: PING-PONG (ou mais argentinamente, PIMPÓN)
- Vamos a pimponear?
- Obvio!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Vitória imerecida
Neste momento está a desenvolver-se (no espaço de comentários do respectivo post) um debate filosófico de alto nível entre os caros colaboradores Aleg e Reinato, tudo em volta do tema do post "Motivação no Xadrez". Em reacção a este tema eu limitei-me a produzir dois posts sobre a derrota e o desgosto provocado por ela.
Desta vez apetece-me abordar um tema muito próximo, mas com um desfecho emocional diametralmente oposto: a derrota iminente que se transforma como por milagre numa vitória inesperada.
Acho que quase todos os xadrezistas já passaram por esta experiência. Todos conhecemos o fenómeno e sobretudo a sensação da vítoria imerecida: já estávamos conformados com uma derrota inevitável, vemos a continuação ganhadora do nosso adversário (outro máximo do GMI Donner: "É curioso como o desespero aguça a nossa percepção do jogo"), mas de repente somos bafejados por um golpe de sorte...
Aplica-se aqui o princípio da razão inversa: quanto menos merecida a vitória, mais saborosa ela fica. É feio, mas é assim.
Agora: comentar ou até analisar uma vitória assim pode ser considerado um comportamento duvidoso....mas é tão aliciante, um tipo de auto-flagelação com "happy end"! S.M. no xadrez!
Então: cá vai!
Numa tarde tórrida em Junho 1995 as equipas de Voz de Operário e NX de Faro lutaram em Lisboa num confronto directo pela manutenção na 1ª Divisão. Chegou a última hora de jogo e as coisas estavam feias para o clube lisboeta: a perder por 2-1 e uma posição completamente desesperada no segundo tabuleiro (diagrama aqui acima).
De facto, jogando de pretas contra Jorge Gomes, eu já devia ter abandonado o jogo umas 15 jogadas antes. (Quem estiver interessado pode rever esse fragmento da partida em http://gxalekhine.blogspot.com/2005_04_01_archive.html , post 17 de Abril , mas é um espectáculo pouco edificante. Vou agora transcrever uma parte deste post). "Só que num confronto de equipas nunca se abandona antes do mate iminente. Na posição do diagrama este momento estava a chegar: farto, eu ia abandonar depois de uma jogada qualquer da torre a8....quer dizer...
O meu adversário jogou 54. Tf8...torre f8!!!..torre f8???... Ainda sinto o sangue a martelar na minha cabeça, a contracção dos músculos abdominais: as pretas ganham!!; 54...Ce5+; os jogadores das duas equipas em volta do tabulereiro, o olhar incrédulo de Henrique Galvão, um suspiro muito profundo do meu adversário, tipo "isto é muito injusto", e afinal uma gargalhada contida de todos os presentes.
A situação era mesmo de loucos: as poucas peças pretas (e também o peão branco em d5!) estavam todas nos sítios certos para possibilitar o mate depois de 55. Re4 - Ta4+; 56. Cd4 - Txd4 mate. Os dois minutos que me restavam no relógio foram suficientes para ganhar o jogo após 55. Rxf4 - Cg6+ etc."
Depois do encontro fomos todos beber um copo numa esplanada na Graça, afinal o empate beneficiava ambas as equipas.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Dedicado ao Mestre
A derrota
No seu post de ontem sobre a motivação Alberto faz umas observações interessantes sobre a derrota no jogo de xadrez. Para mim ninguém descreveu melhor o efeito psicológico da derrota do que o meu saudoso conterrâneo GMI Jan Hein Donner (outra vez ele, eu sei, ele é mesmo o meu guru, ver também o meu post de 20 de Julho: "O Canadá existe?).
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
domingo, 16 de agosto de 2009
Motivação no Xadrez (razões para o Progresso)
Na sequência de já várias situações onde o tema da Motivação tem sido abordado, chegando a ouvir-se afirmações de alguns jogadores de força potencial respeitável, de tipo: “eu já não vou progredir mais”, ou algo assim... Surpreendido por tais afirmações, tentei aprofundar na análise estrutural das causas que determinam certas posições, tomadas pelos indivíduos perante a adversidade.
Tratando-se dum processo continuo, o progresso dum jogador de xadrez é medido pelos resultados finais da soma dos jogos (Elo) e não pela qualidade alcançada nos mesmos (S/Nome). Os erros de todo tipo, cometidos (só aqueles que são punidos!) durante o jogo, condicionam a auto-confiança da maioria dos indivíduos. É tão válido dentro, como fora do xadrez. No entanto, meditando sobre isso, chego à conclusão de que a performance que influencia sobre a tal "auto-confiança" depende da imediata posição do "danificado" face à derrota, conceptualmente associada à "desgraça".
Por tanto, para compreendermos melhor o que verdadeiramente acontece, quando o individuo é punido pelo erro cometido, podemos convir nas seguintes obviedades, sempre desde a posição do “derrotado”:
- Devido à nossa natureza (Errare humanum est) os erros, mesmo os que são considerados "evitáveis", na prática nem sempre se conseguem evitar.
- Devido à mesma natureza, os erros cometidos por nós, nem sempre são advertidos pelo Rival.
- Matematicamente, o conceito do erro é entendido como a diferença entre o valor exacto e o valor apresentado
- Matematicamente, o erro é absoluto ou relativo
- Ao contrário da Matemática, no Xadrez (tendo em conta que é principalmente um jogo), os erros são todos relativos, até que o Rival nós comprove o contrário.
A problemática do erro no Xadrez, como motivo da derrota, e o conseguinte Luto do Jogador, como reflexo (adquirido, não condicionado!), deve abordar-se, então, desde o enfoque psicológico.
Se supusermos, por absurdo, que a partir dum determinado momento, não vamos ganhar nem um único jogo, poucos continuariam a o praticar, devido a que a maioria busca nele uma satisfacção e não está, mesmo nos níveis magistrais (especilamente nesses níveis, o Xadrez para um profissional é um trabalho!), na procura dalguma utópica verdade oculta. Dali podemos concluir, que a capacidade de progresso dum jogador é proporcional aos resultados positivos, por ele obtidos. Claro que, se a força opositora fosse de envergadura, o resultado positivo, ou Vitória, levaria a um optimismo ainda maior e mais duradouro, com ainda maiores possibilidades de sucesso, segundo creio.
Desde esta perspectiva, então, só nos resta assumir, que, pelo contrário, se os resultados são negativos, dito progresso torna-se muito mais dificultoso, ou mesmo impossível.
Até aqui, foi a parte descritiva da problemática, certamente óbvia para os que praticam com certa assiduidade este jogo.
Até agora falei, sem nomea-la, sobre a mesmissima senhora Motivação, que é a responsável de que qualquer individuo progrida num emprendimento, seja ele qual for. Dentro do Xadrez, a motivação para o progresso deve-se a factores muito diferentes, que variam de jogador para jogador, sem esquecermos de que é também um desporto, com regras claras que motivam a competição.
É que é muito importante sabermos PARA QUE É QUE JOGAMOS XADREZ? Qual é o motivo?
Eis, a diversidade de motivos, para que um jogador queira se superar é citada muitas vezes nos ditos dos máximos representantes do Xadrez, que rara vez coincidem entre si. Para uns (Lasker, Kaspárov) a motivação está na própria luta, para outros (Smyslov, Rubinstein), na beleza da harmonia, na procura do ideal. E esta lista de motivações poder-se-ia extender por muitas páginas.
Como exemplo, posso mencionar o meu próprio motivo para jogar o Xadrez, apesar das duras derrotas que já sofrí e que ainda, inevitavelmente, terei. Aliás, tenho vários motivos. Além do prazer de ganhar um jogo, superando um difícil rival, e a beleza dalgumas escassas ideias levadas a cabo, ou a simples descontracção, que para muitos chega à evasão dos problemas mundanos, o meu motivo principal, pelo menos do que eu sou consciente, é que o Xadrez, qual ginástica, me consegue mostrar o estado da minha mente, se estou em forma, ou se estou a declinar.
Por analogia, penso que a falta de motivação para o progresso num Jogador, deve-se em grande parte ao seu desconhecimento do(s) PORQUÊ(S) é que ele joga a isto! A resposta a esta pergunta será mais fácil, se se aceitar que tal problema existe e tem tais e tais características. Senão, acontecerá mais uma volta dentro desse círculo vicioso, chamado Desilusão. Claro, há quem gosta de sofrer, mas duvido de que sejam verdadeiramente tantos.
Concluindo, quero contribuir com uma ideia, para quem queira perceber o que acontece imediatamente depois da derrota propriamente dita, como causante duma reacção pre-concebida (pena, desilusão, tristeza, depressão). Quando somos mal-sucedidos num emprendimento qualquer de importância mínima ou máxima (segundo o valor que lhe atribuamos), temos ai uma escolha que fazer: ou escolhemos ser vítimas (Porqué é que isto me passa a mim? Eu não sirvo para isto...etc.), ou escolhemos ser realistas (Qual foi o meu erro?) Segundo parece, é nessa escolha que se forma o espírito combativo dum Jogador, a sua posterior capacidade de superação e progresso. Se comprendemos que qualquer ILUSÃO, mais cedo ou mais tarde, deriva numa DESILUSÃO (por tratar-se duma MIRAGEM!), e que se continuamos com que “ A ÚLTIMA EM MORRER É A ESPERANÇA”, nunca vamos chegar a lado nenhúm, sempre à espera do milagre.
Quando o milagre somos NÓS.
Motivador eu?
***
Soy un ordinario jugador
Por motivos de filosofía
Pierda o no gane, no sería
Ni peor por eso, ni mejor
Sólo así, tal vez conocería
La Victoria, su mágico sabor!
Defesa Holandesa, variante Leningrad
No histórico encontro na semana passada entre GX Alekhine e GX Porto ("play-off" 2ª Divisão em Gaia) tive que defrontar o igualmente "hístorico" MN António Silva (já há décadas o 1º tabuleiro do clube mais antigo do país). Ele tem um largo repertório de aberturas e a defesa que escolheu nesta partida não fez parte da minha preparação.
No entanto, em tempos longínquos eu jogava esta variante da Defesa Holandesa com as pretas (posição diagrama aqui acima após: 1. d4 - f5; 2. g3 - Cf6; 3. Bg2 - g6; 4. c4 - Bg7; 5. Cc3 - d6; 6. d5 - 0-0; 7. Ch3).
A jogada Ch3 em vez de Cf3 tem a sua lógica: o cavalo pode ir para f4 ou g5 (a casa e6 é muitas vezes uma debilidade), também a diagonal aberta do Bg2 pode trazer vantagens.
A minha primeira experiência contra 7. Ch3 foi desastrosa: 7...c6; 8. 0-0 - e5; 9. dxe6 - De7; 10. Bf4 - Td8; 11. e4!? - fxe4; 12. Cg5 - Bxe6; 13. Te1 - d5; 14. Cxe6 - Dxe6; 15. cxd5 - cxd5; 16. Cxe4 - Cxe4; 17. Txe4 - Db6; 18. Te3 - Cc6; 19. Tb3 - Da6; 20. Bf1 - Da4; 21. Txb7 - Dxd1; 22. Txd1 - Be5; 23. Bxe5 - Cxe5; 24. Bg2 (1 - 0)
(Vosselman - Luyks, Holanda 1977).
Fiquei tão impressionado que experimentei a ideia no ano seguinte na 1ª Divisão holandesa contra um jogador forte que tinha terminado o Campeonato Aberto da Holanda 1977 (post 31 de Julho - "O regresso de Timman") no 3º lugar ex aequo (até a 10ª jogada igual à partida anterior): 11. Cg5 - Bxe6; 12. Cxe6 - Dxe6; 13. Db3! - Td7? 13...Ce8; 14. Tad1 14. Bxd6 já era possível! - Ca6; 16. Bxd6! 14. Txd6! - Tad8; 16. Ba3 - Cg4; 17. Txd7 - Txd7; 18. Td1 - Bd4??; 19. Txd4 - Txd4; 20. Dxb7 + -
(1-0, 33 Luyks - Bosch, Holanda 1978)
Em Portugal mestres como Diogo Fernando e Paulo Dias (lembro-me duma brilhante vítoria do último, ainda sub-20, contra GMI Peter Wells no Torneio Zonal em Andorra 1998) jogam a variante Leningrad com regularidade e também o múltiplo campeão António Fernandes serve-se dela de vez em quando, se não me engano.
A sequência 7...c6 e 8...e5 já não se vê muito hoje em dia: os resultados são muito favoráveis para as brancas. Um sistema mais em voga enfrentei numa partida no Torneio Metropolitan Lisboa 2000. A partir do diagrama: 7...c6, 8. 0-0 - Bd7; 9. Tb1 muito interessante é 9. c5!? - dxc5; 10.Db3 - Ca6; 10. b4 - De8; 11. Cf4 - Cc7; 12. dxc6 - bxc6; 13. b5 - Tb8?? aqui se vê a diferença que faz a diagonal aberta; com um cavalo em f3 não se passava nada, mas agora: 14. bxc6 "e acabou", pensava eu, pois 14...Txb1; 15. cxd7 ou 14...Bxc6; 15. Txb8; mas não, a partida simplesmente continuou (Paulo Cruz pode confirmar, ele estava lá a rir-se!): 14...Ce4; 15. Txb8 - Cxc3??!!; 16. Txe8 - Bxe8; 17. Dc2 - e5; 18. Bb2 - exf4; 19. Bxc3 - fxg3; 20. hxg3 - Bxc3; 21. Dxc3 - Bf7; 22. Tb1 - Ce6; 23. Tb7 - Tc8; 24. Bd5 só aqui as pretas pararam para contar as peças e rimo-nos os três! 1-0 (Luyks - Presado, Lisboa 2000).
Na semana passada António Silva jogou assim: 7...Ca6!?; 8. 0-0 - Cc5; 9. Tb1 alternativas: a) 9. Cf4 - g5; 10. Cd3 - Cce4; 11. Db3 = ou b) 9. Dc2 - e5; 10. dxe6 - c6; 11. Cg5 - Cxe6; 12. Td1 - De7 = 9... a5 9...e5!?; 10. dxe6 - Bxe6; 11. b3 - Cfe4; 12. Cxe4 - Cxe4; 13. Dc2 - c6; 14. Cf4 - Bd7; 10. b3!? - e5 10...Cfe4; 11. Cxe4 - Cxe4; 12. Bb2 - Cc3; 13. Bxc3 - Bxc3; 14. Cf4 não me parece mal para as brancas; 11. dxe6 - Cxe6; 12. Cg5 - Cxg5; 13. Bxg5 - h6; 14. Be3 - Rh7; 15. Bd4 (1/2 - 1/2) talvez haja ligeira vantagem para as brancas (diagrama em baixo), mas com posições favoráveis nos outros tabuleiros o empate serviu à equipa.
sábado, 15 de agosto de 2009
Alpiarça revisitada
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Os Adversários
No CX Montemor-o-velho, talvez seja de destacar o Pedro Cardoso, que demonstrou um espirito de luta imenso e que por pouco não conseguiu que a euipa empatasse com o Santoantoniense, o que tera consequências a nível da classificação geral. Os outros eram todos muito mais cotados e talvez não tenham estado ao ser melhor nível - talvez o facto de teoricamente seram a equipa mais fraca os tenha afectado.
O GX Porto é uma equipa excelente. António Silva e Fernando Cleto mostraram ser sólidos e com grande nível (e o primeiro conseguiu mesmo fazer um truque de magia na primeira sessão, roubando um empate das garras de uma derrota inevitável). No quarto tabuleiro rodaram alguns jovens promissores, que decerto virão a dar cartas no futuro.
Mas o destaque vai para a jovem Ariana Pintor. Teve um sábado terrível, em que depois de perder à tarde foi obrigada à noite a jogar uma posição sem esperanças durante três horas por causa da equipa.
Mas mesmo assim, no domingo teve a energia suficiente para ganhar ao Pedro Neves. Pedro Neves este que recentemente no torneio de honra fez 9 em 9, o que é seguramente um record e mostra que ele não é prórpriamente um adversário fácil.
Conheço muitos jogadores, mesmo do nosso clube, que depois de duas derrotas no mesmo dia, especialmente derrotas devastadoras para o moral como a segunda, simplesmente não teriam jogado no Domingo, ou então teriam feito uma fraca performance.
Que fique a lição!
E quanto ao Santoantoniense não há muito a dizer - são perigosos, são jovens, têm espirito de equipa, estão cheios de energia - tenham cuidado com eles!
Retrato de grupo
terça-feira, 11 de agosto de 2009
A um segundo de Tudo
Sendo eu o 2º tabuleiro da equipa que se impôs na final da 2ª divisão 2009, segundo o 3º critério de desempate, quero partilhar a minha alegria de fazer parte deste grupo de amigos com sentido de humor e saudáveis ambições de auto-superação.
Já bastante se tem dito sobre o Campeonato em si, destaco o excelente artigo do nosso capitão da equipa, Rui Marques no Viriatovitch que foi completamente decisivo para que afinal todos tivéssemos podido festejar.
É impossível não mencionar a solvência que dá a experiência dos restantes membros da equipa que deram tudo de si.
O Senhor do Tabuleiro e da Vida, Marinus Luyks, deu luta, sempre fiel à sua percepção deste tremendo jogo que é o Xadrez, fez o que devia fazer: conter às feras famintas de sangue dos duros 1º tabuleiros de cada equipa rival, sofrendo apenas no último jogo, cometendo alguns erros explicáveis, os que não tenciono questionar.
Quanto ao nosso 4º tabuleiro, o guarda-redes Paulo Cruz, quem com essa cara de “eu não sei nada, sei lá, eu só passava por aqui, vi luz e entrei”, deu muita segurança, falhando só nos penaltis, coisa normal de acontecer, especialmente em certas horas matinais. É por isso que estes dois amigos estavam com caras melancólicas na entrega dos troféus.
Força Amigos, sem vocês, nada disto teria acontecido!
E voltando ao desempenho do Rui, o seu jogo foi inteligente: ganhou, quando havia de ganhar, e empatou sem arriscar, dando-lhe à equipa muito equilíbrio, convertendo-se afinal no verdadeiro 3º critério de desempate, que foi ele próprio!
Quanto a mim, estou satisfeito de ter podido contribuir para a vitória da equipa, aguentando bem a pressão dos meus dignos rivais, Pedro Neves, Ariana Pintor e Ricardo Sousa, tendo ganho sem superar grandemente a ninguém, mas tampouco deixando que me superem (caso do empate com Ricardo Sousa).
Em termos estritamente xadrezísticos, a partida com o recente Campeão do Torneio de Honra, Pedro Neves, foi algo confusa, onde o jovem talento se baralhou com os planos, dando-me relativamente pouco trabalho, mesmo assim, no final equilibrou, e só um engano (por desconcentração) tirou-lhe as hipóteses de fazer o seu melhor.
(mostrar partida)(esconder partida)
Já no jogo com a WFM Ariana Pintor, acho ter feito uma estranha novidade ao décimo lance, a que derivou numa variante interessante. Se não fosse pelo erro táctico, cometido pela jogadora do Porto, as hipóteses das negras seriam mais modestas, devido às debilidades estruturais no flanco de Dama.
(mostrar partida)(esconder partida)
No jogo último, com o jovem e sereno jogador do Santoantoniense, Ricardo Sousa, a abertura correu equilibradamente para os dois, chegando eu a certa vantagem posicional e posteriormente, material (alguns peões), que foi contestada com muita energia pelo jovem que jogou a metade da partida com menos de um minuto no relógio, levando-me a gastar a grande vantagem de tempo que tinha, a tal ponto que estive a 1 segundo da derrota...
(mostrar partida)(esconder partida)
Os meus parabéns ao Santoantoniense FC, o GX Porto que também mereciam o primeiro lugar, sem esquecer dos “últimos” (CX Montemor-o-Velho), que fizeram transpirar aos “primeiros”!
A modo de conclusão, quero agradecer a cada um dos integrantes da equipa: Renato Vasconcellos, Hugo Rato, António Garcia e Manuel Curado, que fizeram o seu melhor ao longo de todas as etapas da competição, sem esquecermos dos pormenores organizativos (grande Amadeu Solha!) que fizeram-nos chegar a um bom Porto.
Dedico este título de Campeões a todos os sócios do GX Alekhine, que bem merecem o Clube que têm e que fiquem bem motivados face aos vindouros desafios.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Francesinhas em Gaia
Agora eu também já tenho o meu local de peregrinação: vai ser o café-snackbar "Belo Ponto" em Gaia. Descobri este estabelecimento simpático durante um passeio matinal no domingo passado.
Foi o único café perto do hotel que estava aberto a essa hora e para um xadrezista o link "Belo Ponto" - "Francesinhas" (foto aqui acima) é um convite irrecusável... Quando ainda por cima o dono serviu o café num púcaro rústico, conferindo um sentido quase religioso ao acto, o momento tornou-se especial: eu sabia que dificilmente nos escaparia o título de campeão nacional da 2ª Divisão (o encontro decisivo Santoantoniense FC - GX Alekhine ia começar logo depois do pequeno almoço).
À partida a nossa situação parecia bastante confortável: bastava um empate 2-2 e no caso de GX Porto vencer a equipa de CX Montemor-o-Velho até uma derrota de 2,5 - 1,5 servia.
Coisa que eu não imaginava é que Caissa ainda quis brincar um bocadinho connosco. Primeiro foi Paulo Cruz a sentir o peso do seu apelido: permitiu ao jovem António Vasques a jogada Dama Caissa a7, ameaçando um xeque a descoberto devastador e decisivo pelo avanço do peão d4.
O sofrimento foi curto, pelo menos isso.
Mas agora a sério: claro que as duas vitórias do Paulo no primeiro dia (e especialmente aquela contra o GX Porto) foram um valioso e imprescindível contributo ao êxito da equipa!
diagrama 1 (após 26. Dc6-d6!?)
A seguir foi o seu servidor abaixo assinado a esquecer-se duma coisa importante: a "Francesinha" consome-se de preferência à noite, mas nunca de manhã antes do almoço...
Numa variante Tarrasch da Defesa Francesa adversário Rafael Goltsman Teixeira atirou-se logo a mim como um arcanjo a brandir a espada ardente: ofereceu-me um peão na abertura para conseguir ataque. Reconheci o perigo (já perdi uma vez com esta variante contra Rui Dâmaso na Batalha dos Mestres, Lisboa 2001) e recusei a oferta. Mesmo assim as brancas conseguiram uma certa iniciativa e chegámos à posição do diagrama 1, com ambos já em ligeiros apuros de tempo. Aqui não resisti à tentação e peguei na Rainha Caissa, entrando num final complicado: 26...Dxd6?!; 27. exd6 - Rf8; 28. Cg5. O computador considera este final defensável, mas é claro que dificilmente dará às pretas mais do que empate. Por isso tinha sido muito mais sensato jogar 26...De8!, por exemplo 27. Ce1 - Dc8! e o empate parece inevitável: 28. De7 - Dc1 com xeque perpétuo (29. Df6+ - Rh6; 30. Rh2 - Dxe1; 31. Dg5+ etc.).
Nos apuros o habilidoso Jovem Arcanjo impôs-se ao Dirty Old Man ("DOM": em português substantivo para "senhor" ou "dádiva", em holandês adjectivo para "estúpido" ou seja: mais vale ser ou ter "dom" em Portugal do que ser "dom" na Holanda) e assim de repente estávamos a perder 2-0!
Felizmente os outros dois elementos da equipa Alberto Eggert e capitão Rui Marques (ambos 2,5 em 3 neste torneio) não vacilaram e conseguiram um ponto e meio, o resultado necessário e suficiente, pois entretanto GX Porto ganhou ao rapazes do CX Montemor-o-Velho com um importante contributo de Ariana Pintor que venceu o jovem talento Pedro Neves.
Afinal foi ela a nossa deusa Caissa!
(Alberto pode confirmar isso, já anunciou que vai analisar e publicar a sua partida contra Ariana no dia anterior, a nossa vitória por 3-1 contra o favorito GX Porto foi fundamental para a conquista do campeonato).
A minha outra "Francesinha" em Gaia foi uma repetição duma variante Tarrasch que joguei no ano passado contra o mesmo Jorge Cruz em Montemor-o-Velho (diagrama 2).
Na época passada ele continuou com 15. Bb1!?, foi um jogo com muitas complicações e umas palhaçadas que analisei depois para a Revista Portuguesa de Xadrez nº 3.
Desta vez o Jorge não arriscou: 15. Cg5 - Cxd4; 16. Bxh7 empate!
Há xeque perpétuo após: 16...Cxh7; 17. Cg6+ - Rg8; 18. Ce7+ etc., no entanto, muito bom para as pretas seria 18. Cxh7? - Te8; 19. Cg5 - e5!
Na 2ª edição do seu livro "Play the French" John Watson ainda sugere 15...Te8 (em vez de 15...Cxd4) para evitar o empate. Ele dá umas variantes com 16. Tfe1 ou 16. Tae1, mas mais forte parece-me 16. Tad1! por exemplo: a) 16...Bd7; 17. Cf7+ - Rg8; 18. Ce5 - Cxd4; 19. Bxh7+ - Rxh7; 20. Dxd4 - Dxd4; 21. Txd4 - Tac8 (ou 21...Bb5; 22. Cfg6 etc.); 22. Cfg6 - Cg8 (já ameaçava 23. Th4+ e mate!); 23. Te1 - Tc2; 24. Th4+ - Ch6; 25. g4 + - ou b) 16...Dxd4; 17. Bxh7 - Cxh7; 18. Dc2 - Cxg5; 19. Txd4 - Cxd4; 20. Dd1 - Cgf3+; 21. gxf3 - Cf5; 22. Cg6+ - Rg8; 23. Ce5 com grande vantagem branca - Fritz.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
The Game of Kings
Super-Volodomyr
Ontem e hoje venceu duas senhoras do top nacional feminino: Catarina Leite (2210) e Bianca Jeremias (1971). Fantástico!
Já agora...
Tinha a intenção de guardar comentários sobre a organização do Campeonato em Gaia para depois do fim do torneio, o GX Alekhine vai jogar lá no próximo fim-de-semana o "final four" da 2ª Divisão, mas....
Estou a falar das falhas diárias na transmissão dos jogos em directo.
Foi há vários meses que a Federação atribuiu a organização do campeonato à Gaia, então não houve tempo para preparar este trabalho!? Nem para recrutar uns voluntários para disponibilizar logo todos os jogos em formato "pgn"?
O que nos vale é o site "Xadrez64" que mantém os resultados em dia.
Subscrevi há uns dias o protesto do conceituado jornalista MF João Cordovil sobre este estado das coisas. Num dos poucos eventos nacionais com presença de jogadores de nível mundial um desleixo deste tamanho não é admissível numa modalidade de Alta Competição.
Também será interessante fazer uma análise (sempre de crítica positiva) de certas ocorrências devidas ao novo formato da 1ª Divisão, mas isso só depois de terminar a competição, claro.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Olha o "MicroPedro"!
Caminante no Hay Camino
Rini, um dos teus últimos "posts" fez-me recordar um poema e canção que era cantado nas rodas de amigos nos meus tempos de juventude.
Para quem quiser recordar, aqui deixo a evocação.
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre el mar.
Nunca persequí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse...
Nunca perseguí la gloria.
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar...
Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Caminho da felicidade
A FELICIDADE É O PRÓPRIO CAMINHO... ALIÁS, SÃO DOIS:
UM CAMINHO ESTÁ NA IMAGEM,
E O OUTRO, ACHO QUE NO BRASIL :))
http://caminhodafelicidade.com/