Blogue não-oficial do Grupo de Xadrez Alekhine. Os assuntos serão vários, o xadrez necessariamente estará presente, sendo que a demais cultura e o humor não poderão também faltar.
segunda-feira, 26 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
Vale São Cosme... uns felizes instantes...antes do pesadelo alekhinista:)
PASSADOS JÁ ALGUNS DIAS DESDE A NOSSA LONGA VIAGEM DE AUTOCARRO A FAMALICÃO, FICA AQUI UM BREVE REGISTO FOTOGRÁFICO, COMO AMOSTRA DE QUE APESAR DOS RESULTADOS DESPORTIVOS QUE PODEM SER EXCELENTES OU DESASTRADOS, O QUE FICA SEMPRE É A EXPERIÊNCIA DE VIDA, A PARTILHA ENTRE PESSOAS AFICIONADAS A ESTE JOGO, QUE É TAMBÉM, PORQUÊ NÃO, UM BOM PRETEXTO PARA COMPARTILHAR, SEJAMOS NÓS AMADORES OU PROFISSIONAIS, OU AINDA...
AMADORES PROFISSIONAIS:)
REPAREM NO GENEROSO TAMANHO DAS MESAS PROVINCIANAS. REPARARAM?
TUDO ISTO ENCHEU-SE LOGO COM AS MELHORES COMIDAS DO LUGAR...
NÃO SE PODE DEIXAR DE ADMIRAR AS PAISAGENS, DECIDIDAMENTE DESPREOCUPADAS DOS PARECERES ESTÉTICOS DOS MAIS EXIGENTES TURISTAS...
ASSIM FOI O NOSSO PASSEIO ATÉ AO LUGAR DO ENCONTRO... NÃO É MARAVILHOSO?
APESAR DO AMADORISMO FOTOGRÁFICO DE QUEM ISTO ESCREVE...
LÁ AO LONGE ESTÃO AS APRESSADAS SILHUETAS DOS GLADIADORES DA "ARMADA ESTRANGEIRA"
DEZ MINUTOS ANTES, JÁ AO PÉ DO SURPREENDENTEMENTE ENORME COMPLEXO EDUCATIVO DIDAXIS
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E PARA FAZER JUSTIÇA AO TÍTULO DO POST ANTERIOR, EIS A ÚLTIMA IMAGEM JÁ NA VIAGEM DE VOLTA....BRRRRRR
domingo, 18 de março de 2012
Pesadelo alekhinista em Vale São Cosme...
(post da inteira e exclusiva responsabilidade do autor)
5ª ronda da fase apuramento 1ª Divisão - 17 de Março 2012:
Núcleo de Xadrez Vale S. Cosme Didáxis - GX Alekhine 3 – 1
Um drama, tal como na semana passada, aqui um pequeno diário de bordo.
- 08h00: "a equipa mais mais multinacional da história do Alekhine" (palavras do dirigente António Garcia) Alberto Eggert - russo-argentino, Marinus Luyks - holandês, Aleksandar Stojanovic - sérvio e Leo Alvin - francês junta-se no terminal rodoviário de Sete Rios;
- 08h30 - 13h30: Lisboa - Vila Nova de Famalicão, cinco horas de viagem como sardinhas enlatadas ou grelhadas num autocarro cheio, com conversa animada sobre as carências afectivas do xadrezista em geral e de alguns xadrezistas do GX Alekhine em particular, com quatro lindas, mas inacessíveis estudantes Erasmus nos bancos atrás;
- 13h30 - 15h00: táxi para Vale S. Cosme, seguido dum almoço caseiro num restaurante da terra: pescada e carne grelhada, comida a condizer com o meu estado físico pós-viagem;
- 15h00 - 18h30: jogo na Escola Cooperativa Vale S. Cosme - Didáxis:
empates meritórios de Alex Stojanovic contra Maria Inês Oliveira, vice-campeã de Portugal 2012 e de Leo Alvin contra o russo Yaroslav Minakov; Alberto Eggert descobriu que Luís Silva tinha muito bem preparado a variante Paulsen da Defesa Siciliana e o seu servidor Marinus viu uma tarde de glória transformar-se num pesadelo...
Marinus Luyks - Bruno Gomes (venceu na semana passada Fernando Ribeiro na Taça de Portugal http://nxvscdidaxis.blogspot.pt/2012/03/cdlvii.html )
1. d4 - Cf6; 2. c4 - g6; 3. Cc3 - d5; 4. cxd5 - Cxd5; 5. e4 - Cxc3; 6. bxc3 - Bg7; 7. Cf3 - c5; 8. Tb1 - Cc6?!
normal é 8...0-0; 9. Be2 - Cc6; 10. d5 - Bxc3+ ou Ce5 com variantes longas e bem analisadas; 9. d5 - Ce5 não 9...Bxc3+?: 10. Bd2 - Bxd2+; 11. Dd2 - Ca5; 12. Bb5+ com grande vantagem branca; 10. Cxe5 – Bxe5; 11. Bb5+ - Rf8!? ou 11…Bd7; 13. Db3 com alguma vantagem branca; 12. Bh6+ – Rg8 12…Bg7; 13. Dd2; 13. 0-0 a posição curiosa do rei negro vale um peão – Dc7; 14. f4 – Bxc3; 15. Tc1 – Da5; até aqui Fritz concorda e recomenda agora 16. Db3 – Bd4+; 14. Rh1 – a6; 15. Be2 – b5; 16. f5 com jogo dinâmico; 16. Be2!? – Bd4+; 17. Rh1 – Dxa2? um erro, dando às brancas um tempo de ataque decisivo; 18. Bc4! – Da5; 19. f5!– Dd8; 20. d6! –
– Dxd6 ainda com 18 minutos no meu relógio, dezoito! O resto do jogo só pode ser relatado com ajuda dum velho conhecido que me tocou suavemente no ombro neste momento, olhei para trás: “Olá, és tu!” e joguei 21. e5… que não estraga nada, mas 21. Db3! era a conclusão lógica desta partida com mate ou grande perda de material – Bxe5; outra vez um toque no ombro: “Ainda não percebeste”, sussurrou o velho conhecido, “não sabes fazer melhor do que isso?”; 22. fxg6?? grande pancada no ombro: “Assim é que é, sim senhor!” Quem foi? Olha: http://gxalekhine.blogspot.pt/2008_10_01_archive.html, 22. Db3 ainda era 1-0 - hxg6; o resto sem comentário: 23. Txf7 – Txh6; 24. Txe7+ - Rh8; 25. Txe5 – Txh2+; 26. Rxh2 - Dxe5+; 27. Rg1 – De3+; 28. Rh1 – Bf5 0-1
- 19h00 – 00h30 regresso a Lisboa, um regresso em pesadelo…
A salientar, como já referido antes, a boa disposição que reinou na equipa durante esta viagem difícil, os suplentes Alex e Leo contribuíram muito tanto no convívio como no tabuleiro.
No entanto, acho que as experiências nas últimas duas semanas indicam que algo tem de mudar na nossa logística e preparação dos encontros fora e longe de casa, não podemos falhar desta maneira.
– Dxd6 ainda com 18 minutos no meu relógio, dezoito! O resto do jogo só pode ser relatado com ajuda dum velho conhecido que me tocou suavemente no ombro neste momento, olhei para trás: “Olá, és tu!” e joguei 21. e5… que não estraga nada, mas 21. Db3! era a conclusão lógica desta partida com mate ou grande perda de material – Bxe5; outra vez um toque no ombro: “Ainda não percebeste”, sussurrou o velho conhecido, “não sabes fazer melhor do que isso?”; 22. fxg6?? grande pancada no ombro: “Assim é que é, sim senhor!” Quem foi? Olha: http://gxalekhine.blogspot.pt/2008_10_01_archive.html, 22. Db3 ainda era 1-0 - hxg6; o resto sem comentário: 23. Txf7 – Txh6; 24. Txe7+ - Rh8; 25. Txe5 – Txh2+; 26. Rxh2 - Dxe5+; 27. Rg1 – De3+; 28. Rh1 – Bf5 0-1
- 19h00 – 00h30 regresso a Lisboa, um regresso em pesadelo…
A salientar, como já referido antes, a boa disposição que reinou na equipa durante esta viagem difícil, os suplentes Alex e Leo contribuíram muito tanto no convívio como no tabuleiro.
No entanto, acho que as experiências nas últimas duas semanas indicam que algo tem de mudar na nossa logística e preparação dos encontros fora e longe de casa, não podemos falhar desta maneira.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Torneio de Inverno AC Luis Camoes_Circuito Semi-Rápidas_AXL_2011_12
Aproveitando as Eleições para delegados à Assembleia Geral da FPX no Domingo passado (11 de Março), celebrou-se nas espaçosas e modernas instalações da Escola Dr.António Damásio (Olivais Sul) um Torneio de Semi-Rápidas, com as suas já clássicas 7 rondas do sistema Suiço.
IRONIA DO DESTINO...
(Desde o metro dos Olivais, novamente tive que passar pelo já histórico lugar com a sua Rotunda no cruzamento da Avenida de Berlim e a Av. Cidade de Luanda...)
O TORNEIO
NM VÍTOR MESTRE MORAIS, O MERECIDO VENCEDOR |
Entre um total de 40 participantes, impôs-se um jogador que não precisa de apresentações:
o MN Vítor Morais (EDP) é um conhecido animador em quanta competição xadrezística haja. Com o seu meteórico estilo, foi derrumbando as defesas e os ataques dos seus adversários, tendo sucumbido só numa única oportunidade, o que lhe garantiu um melhor sistema de desempate face a um outro laborioso e humilde jogador do GD Carris, Helder Nanques, já que os dois finalizaram com 6 em 7. Completou o pódio Cristiano Amaro, do Ateneu Comercial de Lisboa, quem foi precisamente o único “carrasco” do Vítor (ou Vencedor:))
o MN Vítor Morais (EDP) é um conhecido animador em quanta competição xadrezística haja. Com o seu meteórico estilo, foi derrumbando as defesas e os ataques dos seus adversários, tendo sucumbido só numa única oportunidade, o que lhe garantiu um melhor sistema de desempate face a um outro laborioso e humilde jogador do GD Carris, Helder Nanques, já que os dois finalizaram com 6 em 7. Completou o pódio Cristiano Amaro, do Ateneu Comercial de Lisboa, quem foi precisamente o único “carrasco” do Vítor (ou Vencedor:))
A prova teve vários pontos interessantes, entre os quais podemos mencionar a aparição de caras novas, o que sempre é bem-vindo para o xadrez nacional.
O nosso ex-presidente, Amadeu Solha Santos, apesar dum score aparentemente baixo, deu várias amostras do seu talento, agora que tem tempo para ser jogador e divertir-se à sua maneira. Uma forma de se divertir que ele tem é conseguir uma vantagem decisiva e logo... entregar generosamente o pontinho. Grande Solha!
Aqui um dos jogos típicos do Solha, com um agradecido Luís Alves.
A BATALHA DOS TDT (toques de telemóvel...) 2:2!
E por falar na diversão, a última ronda diferenciou-se das anteriores por um pequeno “acidente”, provocado por uma regra, cuja aplicação, na minha subjectiva opinião, deve ser revista num futuro próximo... Pois é, estamos a falar sobre a tal “regra do telemóvel”... O jogo em questão foi entre outros dois históricos , o jogador que costuma arbitrar (ou árbitro que costuma jogar:)), o Altino Costa e “o matador” dos Peões de Alverca, Manuel Rocha. Todo um senhor, o Altino atendeu o chamado, com as seguintes palavras: “Tou?..Sim...O que estou a fazer?... Estou a perder por um toque de telemóvel...”
Vejam só a posição do Altino... era para ser continuada, não era?
Mas o Manuel Rocha não ficou atrás e também contribuiu com uma “pérola” ao relatar que antes deste jogo, o score entre ambos era de 2 tdt a 1 tdt , em favor do Altino... Pois após este último “tdt”, a coisa ficou igualada
2 : 2! (tdt's)
O MATADOR DOS PEÕES DE ALVERCA, COM UM EDUCADO SORRISO "GIOCONDIANO" |
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Quanto ao desempenho de quem isto escreve, até me safei mais ou menos bem, se consideramos que no dia anterior fiz Turismo em Aveiro:)
Aqui podem ver a classificação completa:
terça-feira, 13 de março de 2012
"In the Sublime" - Supreme Beings of Leisure
Como Mário Sena Lopes descobriu: o segredo da vitória "ponto de honra" em Aveiro de Alexandre Santos pode muito bem residir nesta canção hip-hop.
No próximo fim-de-semana temos dois duelos importantes na 1ª divisão à nossa espera, será melhor não descuidar qualquer hipótese que possa servir os nossos objectivos (= a manutenção). Por isso: toca lá a decorar a melodia para embalar os adversários (aviso: cuidado com o perigo do auto-embalo que seria deveras contraproducente).
In the mirror my love
I see all the berries of the world
Raining down on me
From a berry tree in the sky
A centuries forget me not
A lullabye
In the sublime
In the sublime
If only we could always be this way
In the sublime
If only we could always be this way
In the sublime
Oh ever, oh ever
The sweetest bite of cherry
Can't compare to thee
I suck in the sin the sight of you
Just like golden lotus
I get lost
Like golden lotus
I get lost
In the sublime
In the sublime
If only we could always be this way
In the sublime
If only we could always be this way
Oh oh, always...
In the sublime
In the sublime
If only we could always be this way
In the sublime
If only we could always be this way
domingo, 11 de março de 2012
Taça de Portugal: a desforra dos Galitos
Pronto, o post anterior “ao vivo” do “turista” Eggertchi (no sentido kasparoviano, suponho, sendo assim ainda estamos a falar dum xadrezista de força considerável) já deu uma indicação: as coisas não nos correram muito bem, ontem em Aveiro no segundo encontro em quinze dias contra o Clube dos Galitos, agora para a Taça.
Durante a semana houve alguma dificuldade de formar a nossa equipa, afinal jogaram Manuel Curado e Alexandre Santos no 3º e 4º tabuleiro e, apressemo-nos em dizê-lo: bateram-se muito bem!
Para poder almoçar à vontade a equipa chegou a Aveiro já ao meio-dia, três elementos de comboio de Lisboa e Manuel Curado de transporte próprio de Setúbal (uma viagem que ele ia repetir hoje, como disse, como adepto de Vitória de Setúbal na deslocação até Vila do Conde, isso é que é ter amor à camisola!).
Logo na estação de Aveiro encontrei uma conterrânea minha: uma vaca holandesa, mas malhada duma maneira curiosa, veja-lá, caro leitor!
Não parece uma ténia preta gigante? Ainda ponderei levar o animal ao veterinário, mas não houve tempo…
Agradável foi o passeio a seguir ao longo da Ria até à Praça Melo Freitas, onde não tivemos dificuldade de localizar a sede do adversário.
Almoçámos lá perto no restaurante “Neptuno”, simples e bom, e depois: direcção Clube dos Galitos!
Agradável foi o passeio a seguir ao longo da Ria até à Praça Melo Freitas, onde não tivemos dificuldade de localizar a sede do adversário.
Almoçámos lá perto no restaurante “Neptuno”, simples e bom, e depois: direcção Clube dos Galitos!
...brasão em azulejos...
...bela vista sobre a cidade...
...relaxamento aparente antes do jogo...
Às 15 horas em ponto o início das hostilidades... e foi logo o descalabro!
O curto-circuito no primeiro tabuleiro já foi devidamente tratado, infelizmente no segundo tabuleiro a situação não foi muito diferente, como se pode constatar a seguir.
Um resultado decisivo logo no início do encontro condiciona bastante os outros jogos e isso verificou-se na minha partida, também com várias “imprecisões” na abertura (claramente mais da minha parte, hélas…).
Gustavo Pires – Marinus Luyks
1. e4 – e6; 2. d4 – d5; 3. exd5 – exd5; 4. Cf3 – Bg4; 5. h3 – Bh5; 6. De2+!? – De7; 7. Be3 – Cf6; 8. Cc3 – Cc6? um erro, aqui era necessário 8…c6; 9. 0-0-0 ainda melhor 9. g4 – Bg6; 10. g5 – Ce4; 11. Cxd5 – Dd7; 12. Cf4 – 0-0-0; 13. Cxg6 – hxg6; 14. 0-0-0 com grande vantagem branca – 0-0-0; 10. g4 – Bg6; 11. Ce5
...aqui gastei imenso tempo: 11…Cxe5; 12. dxe5 – Dxe5?; 13. f4 e 14. f5 perde o bispo, também 12…Ce4; 13. Cxe4 é favorável às brancas; o meu adversário sugeriu 11…De8, mas após 12. Bg2 não sei o que fazer…entretanto já estávamos a perder por 1-0... afinal joguei 11…Db4?!; 12. Cxg6 – hxg6; 13. Bg2?! muito melhor 13. g5 – Ce4; 14. Cxd5 – Txd5; 15. Dg4+ - Rb8; 16. Dxe4 - Fritz – Be7?? vi, mas não joguei 13…Ca5!; 14. a3 – Db6! (só considerei 14…Dc4?; 15. Dxc4 – Cxc4; 16. g5 ou 15…dxc4; 16. The1) com igualdade: 15. Ca4 – De6 = (não 15. g5? – Cc4) 14. g5 – Ce4; 15. Cxd5 – Txd5; 16. Bxe4 – Tb5; 17. c4 – Txg5; 18. Bxg5 – Bxg5+ e 1-0 após mais 25 jogadas inúteis.
Assim a eliminatória já estava decidida após duas horas de jogo, um balde de água fria…
Quem não deixou afectar o seu jogo foi Alexandre Santos no 4º tabuleiro, ele conseguiu a partir duma abertura Pirc uma grande pressão sobre o adversário João Andias e na posição do diagrama o aveirense não aguentou:
28. Te3? melhor era tentar um reagrupamento com 28. Bd4 e um eventual Bd1, diz Fritz – Cxe5!; 29. Bd1 – Cg4; 30. Bxg4 – fxg4; 31. Rh2 – gxh3; 32. gxh3 – Df5; 33. Txg7+ - Txg7; 34. Tg3? também 34. De1 – c5!; 35. Bg1 – d4; 36. Tg3 – Txg3; 37. Dxg3 – e3 é sem esperança – Txg3; 35. Bxg3 – Dxh3+ etc. 0-1
Bem jogado!
Também Manuel Curado resistiu bem no início contra o jovem Henrique Aguiar numa Defesa Índia de Rei com forte ataque de Aguiar, aqui a posição após 24…g5;
Também Manuel Curado resistiu bem no início contra o jovem Henrique Aguiar numa Defesa Índia de Rei com forte ataque de Aguiar, aqui a posição após 24…g5;
Curado jogou 25. Txb7? - g4 e o ataque das pretas foi demasiado forte após 26. Dd7 – Tf8; 27. De7 – Bf6; 28. Dd6 – Cg5; 29. Bg2 – Td8; 30. Td7 (ou 30. Tb8 – gxf3, 31. Txd8+ - Bxd8; 32. Dxd8+ - Rh7; 33. Dd3 – Dg4 -+) – Txd7; 31. Dxd7 – gxf3 etc. 0-1
Fritz indica hipóteses de salvação para as brancas após 25. Cc1!? – g4; 26. Cd3 – Cg5 (26…Bd4!?); 27. Bg2 – g3; 28. fxg3 – fxg3; 29. Cxe5 – Txe5; 30. Txb7 – Ch3+; 31. Bxh3 – Dxh3; 32. hxg3 – Dxg3+; 33. Rf1, mas é difícil de encontrar ao tabuleiro.
Fritz indica hipóteses de salvação para as brancas após 25. Cc1!? – g4; 26. Cd3 – Cg5 (26…Bd4!?); 27. Bg2 – g3; 28. fxg3 – fxg3; 29. Cxe5 – Txe5; 30. Txb7 – Ch3+; 31. Bxh3 – Dxh3; 32. hxg3 – Dxg3+; 33. Rf1, mas é difícil de encontrar ao tabuleiro.
...Curado-Aguiar, já na fase final do jogo...
E assim o resultado final do encontro foi Clube dos Galitos 3 – GX Alekhine 1.
Boa sorte aos nossos adversários nos quartos-de-final!
Boa sorte aos nossos adversários nos quartos-de-final!
…dois culpados à espera do comboio...
(imagem dedicada ao conceituado alekhinista Mestre Pablito)
sábado, 10 de março de 2012
Taça de Portugal, 8ºs de final_ O GXA a perder por 1:0
Ainda estão a se jogar os restantes três jogos, na nossa deslocação a Aveiro, para voltar a medir forças pela Taça de Portugal com os formidáveis Galitos,
Apenas 12(!) jogadas bastaram para o vosso soberbo servidor-jornalista-turista, Beto Eggertchi, reconhecesse um facto inquebrável: estava terminantemente perdido:). Um implacável Francisco Castro, não teve muito trabalho para fazer, mesmo assim, os meus parabéns para ele pela determinação e segurança que demonstra em cada jogo que faz, todo um Exemplo para este enferrujado estrangeiro alekhinista...
Imaginarão os caros leitores a moral do resto dos Alekhinistas, que no entanto seguiram (e ainda estão no combate neste preciso instante)...
Entretanto, eu a tentar desabafar, nem força para lamentar tenho:)
A deusa Caissa (e os caros Colegas do GXA) me tenham paciência
[White "Eggert, Alberto"]
[Black "Castro, Francisco"]
[Result "0-1"]
[ECO "A01"]
[SourceDate "2012.03.10"]
1. b3 Nf6 2. Bb2 g6 3. Bxf6 exf6 4. d4 d5 5. e3 Bg7 6. g3 h5 7. h4 O-O 8. Ne2 Bg4 9. Bg2 Re8 10. Qd2 Bxe2 11. Kxe2 f5 12. Qb4?? Nc6-+ 0-1
Apenas 12(!) jogadas bastaram para o vosso soberbo servidor-jornalista-turista, Beto Eggertchi, reconhecesse um facto inquebrável: estava terminantemente perdido:). Um implacável Francisco Castro, não teve muito trabalho para fazer, mesmo assim, os meus parabéns para ele pela determinação e segurança que demonstra em cada jogo que faz, todo um Exemplo para este enferrujado estrangeiro alekhinista...
Imaginarão os caros leitores a moral do resto dos Alekhinistas, que no entanto seguiram (e ainda estão no combate neste preciso instante)...
Entretanto, eu a tentar desabafar, nem força para lamentar tenho:)
A deusa Caissa (e os caros Colegas do GXA) me tenham paciência
[White "Eggert, Alberto"]
[Black "Castro, Francisco"]
[Result "0-1"]
[ECO "A01"]
[SourceDate "2012.03.10"]
1. b3 Nf6 2. Bb2 g6 3. Bxf6 exf6 4. d4 d5 5. e3 Bg7 6. g3 h5 7. h4 O-O 8. Ne2 Bg4 9. Bg2 Re8 10. Qd2 Bxe2 11. Kxe2 f5 12. Qb4?? Nc6-+ 0-1
domingo, 4 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Jan Timman e Lisboa
Bem, afinal o novo livro do GMI Jan Timman “Schakers – Portretten” (em holandês) não é tão falado como eu pensava, a não ser nos sites holandeses.
Um pequeno resumo, também baseado na reportagem televisiva (post de 29 de Fevereiro).
Neste livro “Schakers” Timman retrata dez grandes jogadores, alguns mais velhos que tiveram grande influência na sua formação como xadrezista, outros da sua própria geração ou mais novos.
No livro são apresentados retratos de:
Alexandre Alekhine
Mikhail Botwinnik
Bent Larsen
Mischa Tal
Boris Spasski
Bobby Fischer
Ulf Andersson
Garry Kasparov
Judit Polgar
Magnus Carlsen
Na entrevista Timman declara que ele considera Kasparov o melhor de todos por causa do seu poder de análise e cálculo, muitos das suas partidas e ideias resistem ainda hoje em dia às análises com programas de computador.
Karpov não tem o seu próprio capítulo no livro porque é mencionado inúmeras vezes em combinação com Kasparov, mas Timman diz que conhece Karpov ainda muito melhor do que Kasparov, já se encontrararam nos campeonatos internacionais desde 1967.
Fischer é apresentado como um símbolo da Guerra Fria, herói solitário que conseguiu romper a hegemonia da União Soviética no xadrez, batendo sucessivamente Taimanov, Petrosian e Spassky para ganhar o título mundial, sofrendo depois um “colapso” que Timman considera “enigmático e misterioso”.
Tradução do texto na capa do livro (http://schaaksite.nl/page.php?al=jan-timman-3-schakersportretten):
“Ao longo da sua carreira Jan Timman enfrentou muitos grandes jogadores. Como poucos outros ele teve a oportunidade de estar na presença deles e de olhar dentro da alma deles. Boris Spasski, Bobby Fischer e Garry Kasparov são três dos xadrezistas importantes mais velhos que ele retrata neste livro – ao lado de mais novos como Judit Polgar e Magnus Carlsen. Timman fala sobre a influência que Mikhail Botwinnik e Mischa Tal têm exercido nele, tanto no jogo como fora do jogo. Ele compreende as peculiaridades dos xadrezistas, as simpáticas e as antipáticas, as humanas e as deshumanas.
Muito intenso é o retrato de Alexandre Alekhine, Timman descobre pistas dele durante uma estadia em Lisboa, muitas dezenas de anos após a sua morte; uma história ao mesmo tempo fascinante e horripilante, com mágia e contada com exactidão.
Jan Timman (*1951) jogou durante muito tempo no nível mais alto do mundo de xadrez internacional, ganhou muitos torneios e participou várias vezes na luta pelo título mundial. A sua posição mais alta na lista mundial foi o segundo lugar. Ele é redactor-chefe da revista New in Chess.”
Obviamente uma parte muito interessante do livro será a história sobre Alekhine.
Que eu saiba Timman visitou Lisboa pelo menos três vezes.
Duas vezes como convidado nos Festivais de Xadrez de Lisboa (em Novembro 2000 e Novembro 2001) e uma vez no Inverno de 2001. Foi nestas visitas que ele deve ter descoberto as tais pistas sobre Alekhine e se não me engano isso tinha a ver com um jogo de xadrez em vidro com assinatura de Alekhine que Timman encontrou num antiquário lisboeta. Para saber o resto terei de comprar o livro…
Pessoalmente ainda tive um envolvimento directo na primeira vinda de Timman a Lisboa como relatado num comentário a um dos primeiros posts neste blogue: http://ogatodoalekhine.blogspot.com/2009/05/xadrez-de-jorge-luis-borges.html
A foto aqui acima foi tirada durante a segunda visita de Timman a Lisboa no Centro de Xadrez no parque São João de Brito (agora sede da AXL, na altura o centro de actividades do saudoso Plano Desenvolvimento Xadrez da CM Lisboa, uma foto da abertura em 1999 por Garry Kasparov acompanhado pela vereadora Rita Magrinho em http://ogatodoalekhine.blogspot.com/2009/07/nova-morada-ax-lisboa.html).
Clube dos Galitos
...iii...tantos Galitos!
Como disse e bem o Alberto num comentário ao post anterior: os jovens jogadores do Clube dos Galitos mostram um grande espirito de camaradagem nos encontros.
Já no Verão passado esse espirito de equipa deu os seus frutos quando os Galitos conseguiram surpreendentemente a manutenção na 1ª Divisão com uma equipa muito jovem e sem reforços de mestres ou jogadores estrangeiros.
E como vamos defrontá-los de novo já na próxima semana nos oitavos-de-final da Taça, desta vez em Aveiro, fui espreitar o novo (desde 2011) site do Clube http://www.galitos.pt/, onde encontrei a foto aqui acima.
Assim descobri também, para grande supresa minha, que o Clube dos Galitos já existe desde 25 de Janeiro 1904, ou seja tem mais um mês de vida do que o grande Sport Lisboa e Benfica que nasceu em 28 de Fevereiro 1904!
Além disso é um clube ecléctico com várias modalidades.
Tenho curiosidade em ir ver, gosto de Aveiro, a "Veneza de Portugal", a última vez que estive lá foi em 2009 com os Artistas Unidos numa peça de teatro por causa das celebrações do bicentenário do nascimento do notável político aveirense José Estêvão (1809-1862) http://www.artistasunidos.pt/arquivo/depois-da-capital/462
Já no Verão passado esse espirito de equipa deu os seus frutos quando os Galitos conseguiram surpreendentemente a manutenção na 1ª Divisão com uma equipa muito jovem e sem reforços de mestres ou jogadores estrangeiros.
E como vamos defrontá-los de novo já na próxima semana nos oitavos-de-final da Taça, desta vez em Aveiro, fui espreitar o novo (desde 2011) site do Clube http://www.galitos.pt/, onde encontrei a foto aqui acima.
Assim descobri também, para grande supresa minha, que o Clube dos Galitos já existe desde 25 de Janeiro 1904, ou seja tem mais um mês de vida do que o grande Sport Lisboa e Benfica que nasceu em 28 de Fevereiro 1904!
Além disso é um clube ecléctico com várias modalidades.
Tenho curiosidade em ir ver, gosto de Aveiro, a "Veneza de Portugal", a última vez que estive lá foi em 2009 com os Artistas Unidos numa peça de teatro por causa das celebrações do bicentenário do nascimento do notável político aveirense José Estêvão (1809-1862) http://www.artistasunidos.pt/arquivo/depois-da-capital/462
quinta-feira, 1 de março de 2012
GX Alekhine - Clube dos Galitos 2,5 - 1,5
No fim-de-semana passada foram disputadas a 3ª e 4ª ronda na fase de apuramento da 1ª Divisão e para o GX Alekhine foi um fim-de-semana alucinante…
Vamos para já saltar a 3ª ronda: o encontro com AC Luís de Camões não se realizou por razões a desenvolver numa futura comunicação…
No domingo houve reencontro com o Clube dos Galitos, há sete meses jogaram as duas equipas no hotel Golfmar pela permanência na 1ª divisão, um combate que acabou mal para nós, mas com muito mérito dos jovens aveirenses, a verdade seja dita (relato em http://ogatodoalekhine.blogspot.com/2011/08/blog-post.html ).
Curiosamente três pares de jogadores de cada equipa defrontaram-se agora de novo: Fernando Silva - Francisco Castro e Gustavo Pires – Alberto Eggert com as cores trocadas, Marinus Luyks outra vez de brancas contra o menino prodígio Henrique Aguiar, Paulo Cruz jogou de pretas contra João Andias.
Pormenor excitante: na véspera os Galitos tinham esmagado o GX Porto: 3,5-0,5! (ainda por cima um GX Porto reforçado com Fernando Cleto que não jogou na equipa que nos derrotou em casa por 3-1 no mês passado…).
Os resultados, sucessivamente:
- Fernando Silva - Francisco Castro: uma Defesa Grünfeld com troca de damas já na abertura. Resultou um final de torre e bispo contra torre e cavalo com a habitual maioria central das brancas contra a maioria na ala de dama das pretas, possivelmente com alguma vantagem das brancas, mas Castro defendeu-se bem: empate como resultado normal.
- Gustavo Pires – Alberto Eggert: uma Defesa Francesa (!, estreia Alberto?), mas após 1. e4 – e6; 2. d4 – d5; 3. exd5 – exd5, 4. Cf3 – Bd6; 5. c4!? – c6 (normal após 4…Bd6, para continuar com …Ce7) apareceu uma estrutura que a mim me provoca sempre uma certa “moleza mental” (estou a provocar um comentário do Alberto, claro!), embora perfeitamente jogável segundo John Watson na sua bíblia “Play the French”, por exemplo: 6. Cc3 – Ce7; 7. cxd5 – cxd5 = ou 7. Bd3 – dxc4; 8. Bxc4 – 0-0; 9. 0-0 – Cd7; 10. Bg5 (ou Te1) – Cb6 =.
Pessoalmente gosto de ver um cavalo negro em c6, por isso jogo 4...Bg4; e só jogo ...Bd6 após um Be2, Bd3 ou c3 das brancas, ou …Bb4(+) após um Cc3 ou c4 das brancas, mas isso é gosto pessoal, claro, a discutir num futuro treino no clube!?
Nesta partida pareceu-me que as brancas tinham sempre mais espaço, enquanto as pretas manobraram as peças nas últimas filas (uma arte em si…).
Alberto pode esclarecer melhor os acontecimentos no meio-jogo, que custaram bastante tempo no seu relógio e afinal a iniciativa branca decidiu a partida…
- Entretanto João Andias – Paulo Cruz foi uma Defesa Escandinava em que as brancas na posição do diagrama procuraram o ataque com 22. f6?!
Paulo neutralizou logo trocando as damas com 22…Dg5 (indicando que também era possível: 22…Cxf6; 23. Txf6 – gxf6; 24. Tg1 – Rh8; 25. Dxh6 – Dg5; 26. Dh3 – b5; 27. Bb3 – a5; 28. a3 – a4, 29. Ba2 – De3 com bom jogo para as pretas) e mais tarde conseguiu vantagem após 32. Ta5...
...com 32...Bg4! (ameaça 33…Bh3+) forçando 33. h4 – gxh4; 34. Txa7 – Bc8; 35. a4 – Rg6 com vantagem negra. Com as brancas em apuros de tempo houve algumas imprecisões dos dois lados, mas Paulo ganhou bem em 60 lances.
- Assim o desfecho do match ia ser decidido no 3º tabuleiro, onde reencontrei Henrique Aguiar.
Sem abandonar a Defesa Índia de Rei - Ataque dos 4 peões achei sensato não repetir a variante do ano passado…
Tal como em Julho 2011 a nossa partida foi emocionante e (sem ser brilhante) bastante conseguida, por isso uma análise:
1. d4 – Cf6; 2. c4 – g6; 3. Cc3 – Bg7; 4. e4 – d6, 5. f4 – 0-0; 6. Cf3 – c5; 7. dxc5 (em vez de 7. d5 como em http://ogatodoalekhine.blogspot.com/2011/08/blog-post.html ) - Da5; 8. Bd3 na preparação ainda ponderei 8. Bd2 – Dxc5; 9. b4 – Dxb4; e agora
a) 10. Ca4 – Da3; 11. Bc1 Db4+; 12. Bd2 empata;
b) 10. Cd5 – Da3; 11. Bb4 – Db2; 12. Tb1 – Dxa2; 13. Ta1 – Cxd5; 14. Txa2 – Cxb4; 15. Ta3 “ligeira vantagem branca”, diz Fritz, mas parece-me que as pretas têm muito jogo; aliás, as pretas podem também recusar o peão: 9…Db6!? 8…Dxc5 a variante táctica 8…Cfd7 parece agora refutada, mas tinha de ser preparada: 9. cxd6! – Bxc3+; 10. bxc3 – Dxc3+; 11. Dd2 – Dxa1; 12. dxe7 – Te8; 13. e5! – Cc6; 14. 0-0 – Cd4: 15. Cg5! (na partida original desta variante Ljubojevic – Van der Wiel (1986, http://www.chessgames.com/perl/chessgame?gid=1092197 )
aconteceu 15. Bb2? – Cxf3+; 16. gxf3 – Dxa2; 17. f5 – e agora 17…Txe7! parava o ataque; 18. f6 – Txe5; 19. Dh6 – Tg5+!; 20. Rh1 – Cxf6 - +; Fritz inventa também variantes sobre-humanas do tipo: 17…Cc5; 18. f6 – Bh3; 19. Dh6 – Ce6; 20. Tf2 – Bf5; 21. Bxf5 – gxf5; 22. Tg2+ - Rh8; 23. Tg7 – Db1+; 24. Rg2 – f4 - +) – Cc5; 16. Ba3 – Cdb3 (16…Ccb3?; 17. Df2! – Dc3; 18. Dh4 – h5; 19. Ce4 + - Gretarsson – Van der Wiel (foi em 1995 que o holandês perdeu assim outra vez horrivelmente com esta variante! http://www.chessgames.com/perl/chessgame?gid=1148712); 17. Txa1 – Cxd2; 18. Bxc5 – Bf5; 19. Td1 – Tac8; 20. Bxf5 – gxf5; 21. Txd2 – Txc5; 22. Cf3 – Txc4; 23. Ch4 com grande vantagem branca - Fritz; 9. De2 – Bg4; 10. Be3 – Da5; 11. Tc1!? pequena tentativa de confundir, normal é 11. 0-0 – Cc6; 12. Tc1 – Cd7; 13. Df2 – Bxf3; 14. gxf3 – Cc5; 15. Bb1 – Ca4 com igualdade, como em Topalov-Kasparov (1994, http://www.chessgames.com/perl/chessgame?gid=1070703 )
19. h3 – Bxf3+; 20. Dxf3! – Bg7 pois 20…Txc4? perde uma peça após 21. g4 etc.; 21. g4 – Bxc3? parece-me um erro: gosto ter dois bispos contra dois cavalos nesta posição, melhor 21….Chf6; 22. Ce2 – Ce8; 23. b4 com vantagem de espaço para as brancas (23…Bb2; 24. Tc2 – Bxa3? 25. Bd2 + -); 22. Txc3 – Chf6; 23. e5!
23...Ce8 pois 23…dxe5; 24. fxe5 - Ce8; 25. Dxb7 dá muito espaço aos bispos!; 24. exd6 já com confiança na maioria na ala de dama e nos bispos, mas 24. Dxb7! era muito mais forte – Cxd6; 25. Bd3 – b6; 26. Bd4 para evitar 26…e5, mas era possível 26. b4 – e5; 27. Dd5 – Tfd8; 28. Tcc1 – Ce8; 29. Df3 - Fritz – Cc5; 27. Bc2 – Db7? momento decisivo em apuros de tempo: as últimas jogadas das brancas foram algo hesitantes e agora 27…f5! dava ainda jogo às pretas; em contrapartida, a troca de damas não ajuda nada!
28. Dxb7 – Cdxb7 melhor 28…Ccxb7; 29. b3 – Cc5; 30. Td1 – Tfd8; 31. Rf3 com grande vantagem branca; 29. b4 – Cd7; 30. Ba4 – b5; ou 30…Tfd8; 31. Bxd7 – Txd7; 32. Bxb6 – Td2+; 33. Tf2 – Txf2+; 34. Bxf2 – Cd6; 35. c5 – Cb5; 36. Td3 + -; 31. cxb5 – Txc3; 32. Bxc3 – Cb6; 33. bxa6! com um agradecimento ao par de bispos...
Quase-veterano contra menino-prodígio (foto Alberto...eh...Beto Eggertchi!?)
Vamos para já saltar a 3ª ronda: o encontro com AC Luís de Camões não se realizou por razões a desenvolver numa futura comunicação…
No domingo houve reencontro com o Clube dos Galitos, há sete meses jogaram as duas equipas no hotel Golfmar pela permanência na 1ª divisão, um combate que acabou mal para nós, mas com muito mérito dos jovens aveirenses, a verdade seja dita (relato em http://ogatodoalekhine.blogspot.com/2011/08/blog-post.html ).
Curiosamente três pares de jogadores de cada equipa defrontaram-se agora de novo: Fernando Silva - Francisco Castro e Gustavo Pires – Alberto Eggert com as cores trocadas, Marinus Luyks outra vez de brancas contra o menino prodígio Henrique Aguiar, Paulo Cruz jogou de pretas contra João Andias.
Pormenor excitante: na véspera os Galitos tinham esmagado o GX Porto: 3,5-0,5! (ainda por cima um GX Porto reforçado com Fernando Cleto que não jogou na equipa que nos derrotou em casa por 3-1 no mês passado…).
Os resultados, sucessivamente:
- Fernando Silva - Francisco Castro: uma Defesa Grünfeld com troca de damas já na abertura. Resultou um final de torre e bispo contra torre e cavalo com a habitual maioria central das brancas contra a maioria na ala de dama das pretas, possivelmente com alguma vantagem das brancas, mas Castro defendeu-se bem: empate como resultado normal.
- Gustavo Pires – Alberto Eggert: uma Defesa Francesa (!, estreia Alberto?), mas após 1. e4 – e6; 2. d4 – d5; 3. exd5 – exd5, 4. Cf3 – Bd6; 5. c4!? – c6 (normal após 4…Bd6, para continuar com …Ce7) apareceu uma estrutura que a mim me provoca sempre uma certa “moleza mental” (estou a provocar um comentário do Alberto, claro!), embora perfeitamente jogável segundo John Watson na sua bíblia “Play the French”, por exemplo: 6. Cc3 – Ce7; 7. cxd5 – cxd5 = ou 7. Bd3 – dxc4; 8. Bxc4 – 0-0; 9. 0-0 – Cd7; 10. Bg5 (ou Te1) – Cb6 =.
Pessoalmente gosto de ver um cavalo negro em c6, por isso jogo 4...Bg4; e só jogo ...Bd6 após um Be2, Bd3 ou c3 das brancas, ou …Bb4(+) após um Cc3 ou c4 das brancas, mas isso é gosto pessoal, claro, a discutir num futuro treino no clube!?
Nesta partida pareceu-me que as brancas tinham sempre mais espaço, enquanto as pretas manobraram as peças nas últimas filas (uma arte em si…).
Alberto pode esclarecer melhor os acontecimentos no meio-jogo, que custaram bastante tempo no seu relógio e afinal a iniciativa branca decidiu a partida…
- Entretanto João Andias – Paulo Cruz foi uma Defesa Escandinava em que as brancas na posição do diagrama procuraram o ataque com 22. f6?!
Paulo neutralizou logo trocando as damas com 22…Dg5 (indicando que também era possível: 22…Cxf6; 23. Txf6 – gxf6; 24. Tg1 – Rh8; 25. Dxh6 – Dg5; 26. Dh3 – b5; 27. Bb3 – a5; 28. a3 – a4, 29. Ba2 – De3 com bom jogo para as pretas) e mais tarde conseguiu vantagem após 32. Ta5...
...com 32...Bg4! (ameaça 33…Bh3+) forçando 33. h4 – gxh4; 34. Txa7 – Bc8; 35. a4 – Rg6 com vantagem negra. Com as brancas em apuros de tempo houve algumas imprecisões dos dois lados, mas Paulo ganhou bem em 60 lances.
- Assim o desfecho do match ia ser decidido no 3º tabuleiro, onde reencontrei Henrique Aguiar.
Sem abandonar a Defesa Índia de Rei - Ataque dos 4 peões achei sensato não repetir a variante do ano passado…
Tal como em Julho 2011 a nossa partida foi emocionante e (sem ser brilhante) bastante conseguida, por isso uma análise:
1. d4 – Cf6; 2. c4 – g6; 3. Cc3 – Bg7; 4. e4 – d6, 5. f4 – 0-0; 6. Cf3 – c5; 7. dxc5 (em vez de 7. d5 como em http://ogatodoalekhine.blogspot.com/2011/08/blog-post.html ) - Da5; 8. Bd3 na preparação ainda ponderei 8. Bd2 – Dxc5; 9. b4 – Dxb4; e agora
a) 10. Ca4 – Da3; 11. Bc1 Db4+; 12. Bd2 empata;
b) 10. Cd5 – Da3; 11. Bb4 – Db2; 12. Tb1 – Dxa2; 13. Ta1 – Cxd5; 14. Txa2 – Cxb4; 15. Ta3 “ligeira vantagem branca”, diz Fritz, mas parece-me que as pretas têm muito jogo; aliás, as pretas podem também recusar o peão: 9…Db6!? 8…Dxc5 a variante táctica 8…Cfd7 parece agora refutada, mas tinha de ser preparada: 9. cxd6! – Bxc3+; 10. bxc3 – Dxc3+; 11. Dd2 – Dxa1; 12. dxe7 – Te8; 13. e5! – Cc6; 14. 0-0 – Cd4: 15. Cg5! (na partida original desta variante Ljubojevic – Van der Wiel (1986, http://www.chessgames.com/perl/chessgame?gid=1092197 )
aconteceu 15. Bb2? – Cxf3+; 16. gxf3 – Dxa2; 17. f5 – e agora 17…Txe7! parava o ataque; 18. f6 – Txe5; 19. Dh6 – Tg5+!; 20. Rh1 – Cxf6 - +; Fritz inventa também variantes sobre-humanas do tipo: 17…Cc5; 18. f6 – Bh3; 19. Dh6 – Ce6; 20. Tf2 – Bf5; 21. Bxf5 – gxf5; 22. Tg2+ - Rh8; 23. Tg7 – Db1+; 24. Rg2 – f4 - +) – Cc5; 16. Ba3 – Cdb3 (16…Ccb3?; 17. Df2! – Dc3; 18. Dh4 – h5; 19. Ce4 + - Gretarsson – Van der Wiel (foi em 1995 que o holandês perdeu assim outra vez horrivelmente com esta variante! http://www.chessgames.com/perl/chessgame?gid=1148712); 17. Txa1 – Cxd2; 18. Bxc5 – Bf5; 19. Td1 – Tac8; 20. Bxf5 – gxf5; 21. Txd2 – Txc5; 22. Cf3 – Txc4; 23. Ch4 com grande vantagem branca - Fritz; 9. De2 – Bg4; 10. Be3 – Da5; 11. Tc1!? pequena tentativa de confundir, normal é 11. 0-0 – Cc6; 12. Tc1 – Cd7; 13. Df2 – Bxf3; 14. gxf3 – Cc5; 15. Bb1 – Ca4 com igualdade, como em Topalov-Kasparov (1994, http://www.chessgames.com/perl/chessgame?gid=1070703 )
11… Cbd7?! meio peão de vantagem branca, diz Fritz; 12. a3 – Dd8; 13. 0-0 – Ch5; 14. Bb1!? 20 minutos gastos para esta jogada de espera e de “arrumação” , também pensei em 14. b4 – a5; 15. Dd2 – axb4; 16. axb4 – Bh6 o jovem quer a iniciativa!; 15. g3 – Tc8; 16. Cd5 – e6; 17. Cc3 – a6; 18. Rg2 – De7?! eu estava à espera de 18…g5!?; depois 19. fxg5?! – Bxg5; 20. Bxg5 – Bxf3+; 21. Dxf3 – Dxg5 parece bom para as pretas; eu ia dar um peão com 19. Dd2 – gxf4; 20. gxf4 – Txc4; e agora 21. Rh1!? ou 21. Ba2!?;
19. h3 – Bxf3+; 20. Dxf3! – Bg7 pois 20…Txc4? perde uma peça após 21. g4 etc.; 21. g4 – Bxc3? parece-me um erro: gosto ter dois bispos contra dois cavalos nesta posição, melhor 21….Chf6; 22. Ce2 – Ce8; 23. b4 com vantagem de espaço para as brancas (23…Bb2; 24. Tc2 – Bxa3? 25. Bd2 + -); 22. Txc3 – Chf6; 23. e5!
23...Ce8 pois 23…dxe5; 24. fxe5 - Ce8; 25. Dxb7 dá muito espaço aos bispos!; 24. exd6 já com confiança na maioria na ala de dama e nos bispos, mas 24. Dxb7! era muito mais forte – Cxd6; 25. Bd3 – b6; 26. Bd4 para evitar 26…e5, mas era possível 26. b4 – e5; 27. Dd5 – Tfd8; 28. Tcc1 – Ce8; 29. Df3 - Fritz – Cc5; 27. Bc2 – Db7? momento decisivo em apuros de tempo: as últimas jogadas das brancas foram algo hesitantes e agora 27…f5! dava ainda jogo às pretas; em contrapartida, a troca de damas não ajuda nada!
28. Dxb7 – Cdxb7 melhor 28…Ccxb7; 29. b3 – Cc5; 30. Td1 – Tfd8; 31. Rf3 com grande vantagem branca; 29. b4 – Cd7; 30. Ba4 – b5; ou 30…Tfd8; 31. Bxd7 – Txd7; 32. Bxb6 – Td2+; 33. Tf2 – Txf2+; 34. Bxf2 – Cd6; 35. c5 – Cb5; 36. Td3 + -; 31. cxb5 – Txc3; 32. Bxc3 – Cb6; 33. bxa6! com um agradecimento ao par de bispos...
Quase-veterano contra menino-prodígio (foto Alberto...eh...Beto Eggertchi!?)
Alekhinistas bem acompanhados
Um fragmento do FIDE Rating List Portugal de 1 de Março 2012, à volta do 40º lugar:
.....
(Carlos Oliveira 2166)
Rui Marques 2166
Catarina Leite 2165
Margarida Coimbra 2156
Marinus Luyks 2154
Ana Filipa Baptista 2153
Alberto Eggert 2149
(Paulo Costa 2144)
.....
Acho que nunca nos encontrámos tão bem acompanhados nesta lista!
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