Blogue não-oficial do Grupo de Xadrez Alekhine.
Os assuntos serão vários, o xadrez necessariamente estará presente, sendo que a demais cultura e o humor não poderão também faltar.
O jogador português (ou estrangeiro jogando em Portugal) olha para o vídeo e sente-se logo em casa. O mesmo tabuleiro de plástico com certeza mal arrumado e por isso amarrotado... Na década de noventa vários jogadores do top mundial passaram pelo Festival anual do Plano de Xadrez de Lisboa em Novembro e jogaram em condições semelhantes no Pavilhão Carlos Lopes ou Voz do Operário. Falta ainda imaginar uma temperatura de mais ou menos 10 graus "to complete the picture". Sempre me fez impressão, isso...
Engraçados são os comentários de ambos os jogadores... No primeiro jogo, o rapaz Ilya (pronuncia-se ILHÁ) foi superado na abertura..e logo de perder, disse que nada tinha para comentar... O seu famoso rival, falou então um bocado sobre que o jogo foi muito tenso, onde ele tentou desde as primeiras jogadas "criar problemas" para o rival, devido ao formato curto do jogo (para conseguir vantagem de tempo). E logo voltou a dizer a mesma coisa com outras palavras. O rapaz Ilya, por sua vez, comentou que jogava melhor a 1 minuto - arrancando algum sorriso no Ponomarev, e que nesse jogo não percebeu nada do que se passou (outro educado sorriso ponomaresco:)) No jogo seguinte, de pretas, o ex-campeão do mundo, jogou mais solto, arriscou o roque, e foi muito bem vencido pela jovem promessa ucraniana... Ao comentar o seu jogo, o Ponomarev voltou a dizer que jogou activo, tentando "criar" outra vez alguma tensão, mas pelo contrário, o seu Rei ficou muito comprometido e que com um belo remate do jovem Ilya, caiu na rede de mate... O menino, sempre muito sensato, e surpreendentemente maduro e calmo, coincidiu com que o jogo tinha possibilidades para os dois bandos, e que é bem certo que nesse formato a principal questão é fazer pensar ao outro, ficando sempre com vantagem de tempo. Mais uma lição da escola ucraniana de shakhmaty :)
(quanto ao entorno improvisado do encontro, é mesmo assim, como dizes tú, Rini, é completamente representativo (amadorismo puro), embora, a qualidade dentro de tabuleiro, fez-me esquecer esse pormenor)
2 comentários:
O jogador português (ou estrangeiro jogando em Portugal) olha para o vídeo e sente-se logo em casa.
O mesmo tabuleiro de plástico com certeza mal arrumado e por isso amarrotado...
Na década de noventa vários jogadores do top mundial passaram pelo Festival anual do Plano de Xadrez de Lisboa em Novembro e jogaram em condições semelhantes no Pavilhão Carlos Lopes ou Voz do Operário. Falta ainda imaginar uma temperatura de mais ou menos 10 graus "to complete the picture".
Sempre me fez impressão, isso...
Engraçados são os comentários de ambos os jogadores... No primeiro jogo, o rapaz Ilya (pronuncia-se ILHÁ) foi superado na abertura..e logo de perder, disse que nada tinha para comentar... O seu famoso rival, falou então um bocado sobre que o jogo foi muito tenso, onde ele tentou desde as primeiras jogadas "criar problemas" para o rival, devido ao formato curto do jogo (para conseguir vantagem de tempo). E logo voltou a dizer a mesma coisa com outras palavras. O rapaz Ilya, por sua vez, comentou que jogava melhor a 1 minuto - arrancando algum sorriso no Ponomarev, e que nesse jogo não percebeu nada do que se passou (outro educado sorriso ponomaresco:))
No jogo seguinte, de pretas, o ex-campeão do mundo, jogou mais solto, arriscou o roque, e foi muito bem vencido pela jovem promessa ucraniana... Ao comentar o seu jogo, o Ponomarev voltou a dizer que jogou activo, tentando "criar" outra vez alguma tensão, mas pelo contrário, o seu Rei ficou muito comprometido e que com um belo remate do jovem Ilya, caiu na rede de mate...
O menino, sempre muito sensato, e surpreendentemente maduro e calmo, coincidiu com que o jogo tinha possibilidades para os dois bandos, e que é bem certo que nesse formato a principal questão é fazer pensar ao outro, ficando sempre com vantagem de tempo.
Mais uma lição da escola ucraniana de shakhmaty :)
(quanto ao entorno improvisado do encontro, é mesmo assim, como dizes tú, Rini, é completamente representativo (amadorismo puro), embora, a qualidade dentro de tabuleiro, fez-me esquecer esse pormenor)
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