Estamos de parabéns: "O Gato do Alekhine" faz hoje um ano!
No dia 11 de Maio 2009 o administrador Reinato pôs o blogue com este nome (fruto da imaginação do colaborador Albertus) a funcionar e tive o privilégio de enviar um primeiro post que obviamente tinha como assunto principal os gatos do Alekhine: Shamat e Lobeidah!
Foi há meio ano menos um dia que recebemos no blogue o visitante nº 10.000 e os comentários que fiz na altura (http://ogatodoalekhine.blogspot.com/2009_11_01_archive.html , post 12 de Novembro) mantêm-se até hoje...
O contador de visitantes indica neste momento o número de 16.963 ou seja: malta, estamos a perder audiências!
Será que temos de pôr mais novelas !? ;)
Não, quero defender antes contribuições mais variadas, nos últimos tempos estou a "monopolizar" o blogue (sem querer, claro).
Na imagem a prenda de anos (sem dúvida controversa) que eu gostava de oferecer aos nossos gatos: um "Ratzi" vai chegar de Roma hoje de manhã (se o vulcão islandés Eyjafjallajökul o permitir).
Lembrando o incitamento de Bimbo da Costa aos seus queridos bichos Bobi e Tareco no programa "Contra Informação":
"Shamat, Lobeidah, busca, busca!"
(ver também: http://anacruses.blogspot.com/, 12 de Maio)
11 comentários:
Então, muitos parabéns! E continuem por muitos anos.
Felicitações sobre tudo a Marinus pela saudável vontade de partilhar o seu pensamento connosco, o seu amor pelo Xadrez e pela Vida, o meu agradecimento para ele e para o restante Grupo Alekhinista.
Obrigado, caro Anónimo e caro Albertus!
Admito que o conteúdo deste post aniversariante possa parecer um pouco surpreendente, acontece que o assunto "Papa Ratzi" já está na agenda do meu outro blogue "Anacruses" durante três semanas, tratado numa vintena de posts! (como foi reparado pelo destacado dirigente alekhinista Mário que também se "confessou" visitante regular deste blogue do "Gato" e me avisou: "Nem penses em encerrá-lo intempestivamente!").
Entretanto ficou hoje provado que os dois gatos do Alekhine não são suficientes para tratar do assunto "Ratzi": o país vai ficar quatro dias em loucura e transtorno, de repente já não há crise, parece...
Por isso vou lançar um apelo a TODOS os gatos no "Anacruses"!
Em relação ao Papa e à religião, apenas cito as seguintes palavras que de bom grado faria minhas.
'The whole thing is so patently infantile, so foreign to reality, that to anyone with a friendly attitude to humanity it is painful to think that the great majority of mortals will never be able to rise above this view of life" — Sigmund Freud
Longa vida ao Gato!
Respeito os sentimentos religiosos de cada um, mas rejeito em absoluto a imposição de comportamentos colectivos e o condicionamento da sociedade por instituições religiosas, como está acontecer (e de que maneira!) durante a visita do Papa Ratzi, um octogenário com ideias da era de Salazar e Cerejeira (que ele recitou logo no seu discurso à chegada, ainda no aeroporto de Figo Maduro!).
Achei particularmente chocante a vassalagem prestada por vultos da cultura portuguesa, hoje de manhã num encontro com Ratzi no CCB. Manoel de Oliveira, no seu discurso a mencionar o facto que tinha incluido anjos em dois(!) dos seus filmes e a pedir a bênção papal para uma tigelinha de água. Patético, aos 101 anos ele já podia ter mais juízo. Percebe-se que ele está preocupado com o seu lugar no Paraíso, mas dúvido que o Papa Ratzi seja o intermediário indicado para meter uma cunha :)!
Errata: afinal a "tigelinha" era uma peça de arte, desenhada pelo arquitecto Siza Vieira, oferecida ao Papa...
Concordo contigo em quase tudo excepto quando referes os sentimentos religiosos. Não sabia que o religioso era um sentimento, é que se fôr eu também quero ter um sentimento Ateu. Triste sociedade esta onde tanta gente se recusa a pensar. A propósito tenho outra citação: "Religion is regarded by the common people as true, by the wise as false, and by the rulers as useful." — Seneca the Younger 4 b.c.- 65 a.d.
Caro Reinato,
Só posso dar um exemplo para explicar o que quero dizer com "sentimento religioso".
Acho que é um assunto muito pessoal.
Perto da minha cidade natal na Holanda existe uma floresta, no meio da floresta existe um pequeno lago. Todos os anos vou a Holanda e um ritual fixo lá (que não hesito em qualificar como "religioso") é um período de reflexão nas margens desse lago, de preferência na hora do pôr do sol.
Por quê? Não tenho explicação, mas tenho de fazer isso. Os ingleses têm uma palavrinha para isso: "awe", acho que é uma combinação de admiração e veneração.
É sobretudo um sentimento de harmonia, com certeza é muito pessoal, mas penso que cada um deve ter um sítio assim. A mim faz me muito bem!
Religião para mim não tem nada a ver com "divindades impostas", só pode surgir da própria pessoa...
O assunto é deveras interessante e bastante surpreendente num blogue de xadrez!
Certo, eu entendo muito bem o que dizes, é talvez uma questão do significado que se dá à palavra religião, que não é único. Existe outra palavra que tem também multíplos significados que é a palavra amor, daí tantas vezes se dizer amor de pai, amor filial, fazer amor, etc...
Quando me refiro à religião refiro-me ao Cristianismo, Budismo, Induismo,Islamismo, e outras.
Estar em paz com o mundo e com nós próprios coloco numa categoria diferente e que do meu ponto de vista não tem nada a ver com religião (segundo o conceito que expressei), eu acredito no poder da meditação e da nossa identidade com a natureza e a vida.
A propósito de sentimento religioso, se tiveres tempo lê o seguinte artigo, com o qual estou completamente de acordo:
http://www.scribd.com/doc/2030608/O-Sentimento-Religioso-em-Freud
Acrescento que é um tema que me interessa bastante, neste instante estou a acabar de ler "A desilusão de Deus" de Richard Dawkins. às vezes escrevo um pouco sobre este tema no Facebook, mas sem grande feedback, já pensaste aderir (com mais força, visto que sei que já és membro) a essa rede social?
Olha, há pouquíssimo tempo entrei no Facebook, Renato, mas estou lámuito passivo...:).
E de facto, é uma questão de interpretação: o conceito de "religião" e "religioso".
Pode ser também uma questão de língua: em holandês temos as palavras "godsdienst" (= o servir a um Deus) e "religie" que além de "godsdienst" pode também ter um sentido mais lato de re-ligar, procurar ligações, pensamentos, sentimentos em relação ao sentido da vida, espiritualidade em geral.
Eu entendo "religie" mais no segundo sentido, pois a educação católica que tive foi mais baseada nos conceitos de incutir medo, obedecência ao poder, o acreditar na presença dum Deus exterior, opressivo.
O grande "truque" do catolicismo (ainda hoje, veja os 500 mil em Fátima) é para mim o conseguir impôr da auto-censura. A frase do Diácono Remédios: "Não há necessidade!". É isso mesmo!
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