Em concomitância com a recente palestra do Prof. Fernando Miguel Pereira Alves, proferida nas instalaçãoes do nosso Grupo de Xadrez Alekhine (próximo post, Rini?), partilho também a não muito antiga entrevista do terrível (ainda agora, quero crer) Garry K. Weinstein-Kasparov que traça as numerosíssimas analogias do xadrez do tabuleiro de madeira e aquele outro, dum "tabuleiro" mais global, o das casas feitas de fatídicos dias e as misteriosas noites...
5 comentários:
Esse próximo post ainda não, Eggertchi.
(Aparte: aliás de onde vem o sufixo -chi, ou -tchi, ou até "-chtchi"? Uma preferência para aquela sopa de couves russa "chtchi"? E já agora qual a diferença entre "chtchi" e "borstch"?)
Para já só isto: "How life imitates chess", diz Kasparov.
Em Portugal uma interpretação actual podia ser: estamos em estado de guerra civil: governo contra (grande parte do) povo que não votou nele, aliás grande parte (42% em 2011) do povo não votou em ninguém, porque já não confia nos políticos.
Lembro-me de uma notícia que não vem nos jornais televisivos: muitos recém-desempregados são agora ameaçados com a perda da casa por causa da nova lei do arrendamento urbano que facilita aos senhorios actualização imediata das rendas antigas e despejo dentro de poucos meses (em vez da actualização gradual da renda em cinco anos como era o plano inicial da lei).
Já houve suicídios, pois como no xadrez: muitas vezes a ameaça é mais forte do que a sua concretização.
Ainda bem que Ivanchuk joga em geral muito melhor do que no fim da sua partida contra Caruana em Reggio Emília:
http://www.chessgames.com/perl/chessgame?gid=1653048.
"How life imitates chess", também da pior maneira...
Oh, este comentário é muito mais do que alguns dos meus posts, Rini!
As "cenas" dos "chi-tchi-chtchi" são de facto algo emaranhadas para a grafia portuguesa, mas não para a fonética portuguesa!!!
No meu caso, é uma homenagem à fonética brasileira, a que me rodeia aqui, nestas terras caparicanas, esse Little Brazil!
Penso que o teu apelido, na pronúncia brasileira tampouco se salvava:))
Mas o que interessa é aquele "How life...",
foi uma palestra muito simpática, feita com muito jeito, e até diria, com uma veia histriónica, que denota a grande experiência do Sr. Palestrante. Eu li recentemente aquele livro do Garry, foi o primeiro livro de "xadrez" que li de ponta a ponta em toda a minha vida. Pelo que julgo que a palestra do Prof. Fernando Miguel não teve nada que invejar a esse livro, pelo enfoque mais amplo, ou seja, não só centrado no Marketing, coisa que constantemente está no livro kasparoviano.
E o jogo do Grandíssimo Vassili só se pode explicar com a grande tensão à que costuma ele levar as posições, nem sempre suportando essa tensão. As últimas jogadas, então, são comparáveis com a inércia dum atleta que ainda corre "sem querer" alguns metros, antes de parar, ou cair mesmo...
E pronto, se me acabaram os temas aos que responder, mas por inércia ainda estou a escrever, umas quantas letras.... ahahahahhh
Também gostei muito da palestra do professor Fernando Miguel, só não mencionei ainda porque merece um post.
Histriónico sim, porque logo no início ele já se confessionou "um louco" e isso na presença da própria esposa, um acto de coragem em público que um Palhaço do Xadrez sabe apreciar! :)
Acho que os últimos lances de Ivanchuk contra Caruana eram um autêntico e assumido suicídio xadrezístico, com uma grande vantagem em comparação com a vida real: arrumas as peças e começas de novo!
Ficámos com o contacto e-mail do professor? Ele podia estar interessado no blogue do Gato!?
A direcção deve ter ficado com os dados do caro Professor e será só questão de que lhe façamos chegar o link (o linki, em brasileiro:))
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