domingo, 9 de dezembro de 2012

Reasons to be cheerful...

 
Desde ontem Magnus Carlsen tem o rating mais alto de sempre no xadrez. Com o empate contra Nakamura no torneio London Chess Classic ele ficou com 6 em 7 e assegurou uma subida até pelo menos 2856 pontos, batendo o record de Kasparov (2851).
Aqui Carlsen e Judit Polgar (a mulher mais forte) no topo do mundo no "London  Eye".
 
 

3 comentários:

Anónimo disse...

Tendo em conta que o sistema de elo rating tem vindo a inflacionar-se nos últimos 20 anos à razão de 4 pontos por ano, será mais interessante verificar ou analisar a diferença dos vários xadrezistas no topo (Morphy, Fischer, Kasparov, Carlsen) face aos restantes oponentes da sua geração e não tanto o máximo rating atingido, até porque a evolução é algo que acontece em todos os desportos com caracteristicas diferentes de época para época e no caso do xadrez, sendo um jogo de informação, as gerações actuais beneficiam sempre do legado deixado pelas outras gerações.

Rini Luyks disse...

Caro Anónimo, também houve esta discussão durante o torneio em Londres. Neste momento Carlsen abriu um fosso de 50 pontos com o nº 2 Kramnik (que também jogou um torneio brilhante em Londres). Se calhar temos de esperar até ao próximo ciclo do Campeonato Mundial, com participação de Carlsen, para ver a sua performance em matches.
Para já: vê a partida Carlsen-Polgar neste torneio (que Carlsen considerou o seu melhor jogo), duvido que Kasparov soubesse fazer melhor…

Anónimo disse...

Sinceramente, acho que o Carlsen vai chegar aos 3000 elo e dominar os torneios durante muito tempo. Em matches actualmente talvez só o Kramnik lhe possa fazer frente e o que mais gosto no jogo dele é a sua inteligente filosofia de jogo. Um estilo creativo de ir buscar posições ou linhas que não são as principais dos engines ao género "Fischer Random" de jogar realmente xadrez, ao contrário do jogador super teórico que cozinha tudo com os engines e essa foi em minha opinião talvez a razão porque o Kasparov tenha abandonado. Ele seguiu e refinou as aberturas do Fischer e percebeu que o avanço que teve durante décadas com os computadores quando os outros nem pensavam nisso, se começou a desvanecer quando muitos oponentes começaram a analizar por exemplo o ataque inglês com a precisão de um relógio com a massificação dos modernos engines. O aparecimento de Carlsen pode ter sido a outra razão. :-) O Kasparov em antecipação visualizou muito bem quanto tempo podia continuar e o momento certo para sair. Houve muito boas partidas em Londres. Além da partida Carlsen-Polgar, a partida Carlsen-Jones mostra a facilidade com que ele vulgariza GM´s com 2600. O Kramnik fez também um bom torneio. A partida Luke McShane-Aronian foi incrível.
- José Ribeiro